Versículo do Momento

LEIA A BÍBLIA

quarta-feira, outubro 22, 2008

DEUS E O CONHECIMENTO

EDIFICAÇÃO
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A relação do homem com a Natureza ou com Deus não pode ser sobrenatural, porque o deus sobrenatural não é natural, é uma ficção criada pelo homem. Deus não pode ser tampouco exclusividade deste ou daquele agrupamento, por ter forte relação com o homem, com qualquer homem, e com a Natureza, e com a harmonia, e também com a arte. Cada sentido é um dom divino, escreveu Bandeira. E a vida deveria ser feita de arte, que é divina, como o dom de reconhecê-la, por ser a beleza uma revelação.
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Deus não escreve livros, escreve homens, naturezas, o Universo. Este é o Verbo Divino. Homens escrevem livros, e a linguagem humana provem daquela – a ancestral - pois visa nomear uma escritura maior. E de onde provêm as diversas línguas criadas pelos homens? A linguagem - as palavras que deveriam ser utilizadas para nomear O Verbo e para que os homens se unissem neste trabalho - passou a ser instrumento de dissensão. Então surgiram as línguas, os afastamentos, a linguagem decaída, a babélica.
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Se a palavra escrita é o corpo físico do pensamento, para se chegar a ele – que é invisível, incorpóreo, poderemos fazê-lo através dela. Se o corpo físico do homem, o visível, o palpável, guarda em suas profundezas uma inteligência, uma sensibilidade, uma essência invisível e intocada, ele também - o espírito humano - assemelha-se ao pensamento, à essência invisível da palavra. “O essencial é invisível aos olhos”, escreveu o inspirado piloto francês.
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Assim, o espírito, como o pensamento – invisíveis e essenciais que são, como os sentimentos, os sonhos e as recordações, deveria merecer de nós uma atenção maior. E como ocupar-se mais de si mesmo? Como conhecer-se melhor? A tarefa não é fácil, mas também não é impossível; começando por deixar de se ocupar tanto dos outros e do que nos cerca, cultivando um olhar reflexivo e auto-observador. Somos especialistas na observação do que acontece ao nosso redor, mas ausentes de nós mesmos. Não chegamos a aproveitar as lições do que nos cerca para aperfeiçoar nossa própria pessoa, que é o que mais deveria nos interessar.
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Não somos muito diferentes de um pensamento que pode ser bom ou mau; que necessita reproduzir-se para sobreviver como espécie; que pode evoluir nos curtos anos de vida física. Deus quer que o ser humano use a sua inteligência e o seu coração para se aproximar da Verdade que se confunde com o aperfeiçoamento humano. Ele não é o pai vingativo que atemoriza seus filhos e se regozija com guerras fratricidas que os insensatos dizem fazer em Seu nome.
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Lutar pela liberdade própria e social, procurando respirar as verdades imanentes à natureza, e as que brotam da própria inteligência e do próprio coração, é a sensata e eloqüente postura do aprendiz que, apesar de reconhecer as suas limitações, não se conforma com a imobilidade e a submissão. Para que não sejamos letra morta num livro inútil e sem vida, deveremos aprender a escrever a própria história com letras visíveis e invisíveis, como autores e atores, ao invés de espectadores passivos a assistir aos dramas vividos por tantos que sofrem por não pensar, por falar línguas diversas, por estar sempre a se desentender. E talvez possamos recuperar a linguagem perdida que na infância da humanidade sabíamos tão bem pronunciar.

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Canal Shvoong - Holdings. Tel-Aviv-Jaffa - Israel
Nagib Anderáos Neto. Membro Shvoong.
Editado Por Diácono Rilvan Stutz. Membro Shvoong.
Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro
www.reierei.blogspot.com

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