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segunda-feira, setembro 26, 2016

DANÇA LITÚRGICA



Edificando o Povo de Deus
Portal IPB - “SOBRE A SOMBRA DO ALTÍSSIMO”
Informativo

É nosso dever debater aqueles assuntos que versam sobre a vida de nossa Igreja, quanto à sua doutrina, prática e liturgia. É fato sobejamente experimentado em nossos dias, que há uma inclinação acentuada para a novidade e ênfase na criatividade humana como expressão litúrgica e teológica. 

Nosso tempo é de um exacerbado humanismo e subjetivismo e, aquilo que nos parecia impossível acontecer anos atrás, hoje nosso “espírito de boa convivência” já não luta, aceita e começamos a achar que tudo está bem. Corremos sempre o risco de, tal como aconteceu com os coríntios, nos unir em torno daquilo que deveria nos separar, e nos separar em torno do que deveria nos unir.

Chamo a atenção dos irmãos, desta feita, para um tema em particular, qual seja, a “dança como expressão litúrgica”. Muito comum em grupos carismáticos, o uso deste recurso em seus cultos; dança de louvor, ou melhor, o requebro, o meneio, o trejeito. Recorrem aos textos do Velho Testamento, onde supostamente encontram suporte bíblico para esta prática.

Sem pretender esgotar este assunto, apresento as considerações que se seguem.
O vocábulo “dança” é uma das possíveis traduções da palavra grega paizo e seus correlatos, bem como da palavra shireh da língua hebraica. São elas comumente traduzidas por: “agir como criança”, “brincar”, “dançar”, “gesticular”, “zombar”, “imitar”. É relacionada com o substantivo paidía ou paidiá trazendo sempre a ideia de “jogos eróticos”.

Paizo tal como foi usada pelos gregos, muito comumente denota este verbo, “falta de seriedade com alguma coisa em termos de atitude ou conduta”. Significa também, “saga levianamente tratada ou inventada”, “gesticular”, “zombar”, “ridicularizar”, “lascívia”, “libertinagem”, “licenciosidade”, “tolice” e "estupidez.

No contexto do Velho Testamento e da Septuaginta, a brincadeira encontra expressão na natureza religiosa e cúltica dos jogos de danças no mundo oriental primitivo e antigo. Os deuses eram venerados por meio de jogos e danças. No culto do mundo ao redor do Velho Testamento e do Novo Testamento encontramos muitos jogos e danças como meio de expressar a piedade.

Encontramos também no Velho Testamento danças por ocasião das celebrações de vitória (Ex. 15:20; Jz 11:34). Duas razões juntas, para a manifestação pela dança. A primeira, a demonstração da alegria pela vitória alcançada. A Segunda, uma tremenda zombaria pelo inimigo derrotado. Dançar como expressão de escárnio era algo que, de fato, ofendia os brios do inimigo. Quanto a isso tem muito a dizer o Dr. W. O. E. Oesterday em seu elucidativo livro “The Sacred Dance” (1923). Estas celebrações são encontradas especialmente nos contextos de guerra, tal como, por exemplo, I Crônicas 13:8; 15:29; e II Samuel 6: 14. De acordo com o articulista no dicionário teológico de Kithel, a manifestação “mais orgiástica foi a dança diante da arca, relatada em II Samuel 6:14-16”, também num contexto de vitória de guerra.

Por ocasião da festas da colheita haviam manifestações de dança, como registra Juizes 21:21. Estas manifestações eram sempre de uma dança harmoniosamente desenvolvida por um grupo, a qual narrava uma história. Eram manifestações legítimas do folclore. Há que se fazer uma distinção entre a dança como expressão artística e o requebro sem arte, que tem como intenção carnal, dar evidência às curvas do corpo e destaque às suas partes eróticas.

Nos Salmos cúlticos (26:6; 42:4; 149:3; 150:4) aparece a palavra shireh. Estes contextos nos fazem lembrar as procissões promovida pelo povo, rumo ao templo. No templo, o culto era o mais impeditivo possível. Os que entravam no átrio eram somente os sacerdotes, dentre esses somente o sumo-sacerdote adentrava ao santo dos santos. Do “auditório” não se ouvia nenhum som de louvor. Os cantores, ministros do canto, entoavam os louvores (estes eram também sacerdotes). Ao povo em geral não se lhe era dado o direito de pisar o átrio. 

Os homens tinham o seu espaço, as mulheres outro mais atrás, os gentios atrás do muro. (Jesus revela sua indignação no templo, pois, o lugar dos gentios estava ocupado pelos vendedores. Jesus afirma, então, que aquela casa será chamada “casa de oração para todos os povos”). Sendo assim, se o povo não participava da “cerimônia” propriamente, encontraram eles uma maneira de expressão, e esta foi no “caminhar para o templo. Ajuntando a multidão, engrossando a procissão, cantavam salmos. Os salmos cúlticos se reportam a isso, e a palavra acima mencionada é assim traduzida “andarei”, “passava eu com a multidão do povo”, “com adufes e harpa”, “com adufes e danças”. Somente o Salmo 150:4, em algumas versões, a palavra shireh e traduzida por dança.

Nas passagens escatológicas encontramos as seguintes traduções para a mesma palavra: Jeremias 31:4 “dança”; 30:19 “júbilo”; e Zacarias 8:5 “brincarão”.

Outras passagens são encontradas, a saber: I Reis 18:26; onde lemos a referência ao “manquejar” dos profetas ao redor do altar de Baal. Em Juizes 16:25-27 que narra o infortúnio de Sansão, quando é trazido para o palácio. Ali a palavra é traduzida por “divertir”, “escárnio”. Em Êxodo 32:6, o povo de Israel, recém liberto do cativeiro egípcio, dança diante do bezerro de ouro. Ilustrativas são as passagens de Gênesis 21:9 e 26:8. A primeira fala de Ismael que “caçoava” (ridicularizava) de Isaque, o que provoca em Sarah uma profunda indignação. 

A passagem seguinte ilustra o porquê desta indignação, pois em 26:8 esta palavra é traduzida por “acariciava”. É Isaque, agora casado, acariciando Rebeca. O motivo da indignação, portanto, estava no fato de Ismael ridicularizar Isaque com meneios, trejeitos, passando-lhe a mão, dançando ao seu derredor. No livro do profeta Isaías este sentido vem ainda mais à luz. No capítulo 3, verso 16 há uma descrição daquelas mulheres que com disposição frívola “andam a passos curtos” (a mesma palavra é aqui usada). Seus meneios e trejeitos, passos afetados, com intenção de minar a moral do povo.

No Novo Testamento a palavra paízo ocorre somente em I coríntios 10:7, fazendo citação do Velho Testamento em Êxodo 32:6. É o repudiar de todo culto pagão. Aqui está relacionado com a idolatria. O texto de Êxodo se refere a uma dança cúltica. Como em Gênesis 26:8; 39:14-17, a palavra que ali aparece tem um sentido erótico. Assim pode ela denotar, tanto idolatria como licenciosidade cúltica: frequentemente com ela associada. Tertuliano em De Jejunio, fala seis vezes do Lusus Impudidus, se referindo ao acontecimento narrado em Êxodo 32:6, descrevendo aquela manifestação, portanto, como danças vergonhosas. Para os crente de coríntios, também, a diversão das festas sacrificiais era uma grande tentação à idolatria.

Se a palavra paizo é encontrada uma única vez, sua correlata empaizo é encontrada mais vezes. Seus significados são: “jogar”, “dançar ao redor”, “caçoar”, “ridicularizar”, “iludir”, “defraudar”. Esta palavra pertence ao grupo das usadas para “depreciação” ou “ridicularizar”, “levantar o nariz”, “balançar a cabeça”, “bater as mãos como sinal de insulto ou escárnio”, “fazer brincadeiras”. Deriva de “arrogância”, “mostrar superioridade”, “hostilidade” e “aversão” (Gn. 19:14; Is. 28:7 e seguintes).

O verbo empaizein ocorre somente nos evangelhos sinóticos. Sua primeira ocorrência se dá em Mateus 2:16, quando Herodes é enganado pelos sábios, que ao invés de voltarem por Jerusalém, deixam-no a esperar. Em Lucas 14:29, encontramos a parábola do construtor imprudente que é ridicularizado por seus circunstantes pelo fato de não poder levar a cabo o término da construção.

Todas aos outras passagens se referem a Jesus Cristo. Na predição de sua paixão a encontramos Mateus 20:19; Marcos 10:34 e Lucas 18:32. Ali esta palavra é sempre traduzida por “escarnecer”. Também na história de sua paixão, cumprindo suas próprias predições – Marcos 15:16-20, e Mateus 27:27-31. O ato dos soldados colocando uma coroa de espinhos, um manto de púrpura, saudando-o, golpeando-o com um caniço, cuspindo e curvando-se diante dele – constitui o escárnio. O texto de João 19:1-3, usa esta palavra para descrever o incidente como um todo. É o espetáculo. Mateus 26:67-68, Marcos 14:65 e Lucas 22:63-65 tem sua contra partida em Jeremias 51:18, pois os ídolos são objetos de escárnio “obra ridícula”. 

Assim tratavam a Cristo, representando um macabro bailado ao seu derredor. Este Jesus que arroga ser Deus, não é outra coisa nesta sanha diabólica senão “obra ridícula”. É o inferno que se levanta contra o Ungido de Deus. Cristo em sua agonia é a ridícula personagem da coreografia satânica.
Mas ali, quem de fato, estava sendo exposto ao vexame, era a “antiga serpente”. Três dias depois o drama se conclui e os bailarinos do “dragão” perdem o ritmo. A “cabeça da serpente” está esmagada.

Outros textos onde a palavra aparece são os seguintes: Hebreus 11:36 (escárnio); 11:26 (prazeres transitórios); Judas 18 (escarnecedores - andando) e II Pedro 3:3 (ecarnecedores ... Com escárnios ...Andando).

Concluímos, afirmando que, não há uma referência sequer que no culto do Novo Testamento tenha havido manifestação da dança cúltica. Nem mesmo na Igreja dos Pais Apostólicos, e nem ainda na Reforma Protestante do Século XVI. Interessante! Por que não? Pelo menos por quatro razões:
Primeiro, a dança era um costume pagão e procurou-se na Igreja Apostólica evitar qualquer associação. O princípio da associação deveria ser levado em conta. Não somente aquilo que era mal, mas também tudo aquilo que pudesse se parecer com o mal. Se fizesse o povo lembrar dos cultos pagãos dos quais muitos crentes eram egressos, evitar-se-ia!

Em segundo lugar, pelo fato, que foi deixado em relevo por Paulo aos Coríntios. A dança atentava-lhes a idolatria, abria-lhes as portas à licenciosidade e dava vazão ao erotismo. Nada de dança, a Igreja de Jesus é uma comunidade de separados, chamados à pureza e à santidade!

Em terceiro lugar, porque o culto do Novo Testamento é adjetivado como “Logikem Latria” (culto racional), ou melhor, supre-sensual. Não necessitamos mais dos recursos visuais externos. Nosso culto é em espírito e em verdade. A palavra usada por Jesus Cristo em sua conversa com a mulher samaritana é significativa. Várias são as palavras que poderiam ser traduzidas pelo vocábulo “verdade” na língua grega. A palavra, no entanto, usada por Jesus, não se contrapõe a ideia de “mentira”. A palavra é contraposta, sim, a “símbolo”, “tipo”, “figura”; recursos estes usados no culto do Velho Testamento. Arrependimento era o “por cinzas na cabeça, vergonha era simbolizada pelo “rasgar das vestes”, submissão era o “orar com o rosto em terra”, a remissão dos pecados se dava pelo “derramar do sangue de animais”, etc. Nosso culto hoje não necessita destas figuras, pois, é um culto supra sensual, a “verdade” anteriormente apresentada por símbolos encontra sua expressão. Jesus! Quem tem Cristo adora “em espírito e em verdade”.

Em quarto lugar, e mais importante que tudo mais, o culto no Novo Testamento não permita a manifestação de “dança sagrada” pelo fato de que toda dança, meneio de corpos, requebros, fazia lembrar o escárnio de Cristo. O Dicionário Teológico do Novo Testamento de Kithel afirma: “Seja o fato dos soldados aqui estarem observando um costume (religioso), específico, ou seguindo práticas do sacrifício persa, por exemplo, ou estarem simplesmente expondo o suposto rei dos judeus ao ridículo, é muito difícil ter qualquer certeza. Contudo, é certo de que este escárnio se dava num contexto de dança e drama. Um show, um espetáculo, um ato público civil e religioso. A dança cúltica fazia os crentes da Igreja Apostólica lembrarem-se da horripilante coreografia desenhada a derredor do Salvador.

Hoje, vemos em alguma Igreja Presbiterianas não propriamente a dança artística, ainda assim condenável no culto. Pior que isso, vemos o requebro sensual, expressão de carnalidade com ares de piedade.

Sendo assim, irmãos, creio eu, que devemos orientar os irmãos. Todos nós juntos não permitiremos que o produto da “criatividade” de alguns crentes inadvertidos e outros mal intencionados, vá tomando fôlego em nosso meio.

PELOS LAÇOS DA CRUZ DE CRISTO



Ex-secretário Executivo da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Rev. Ludgero Bonilha Moraes
Complementos
Diácono Rilvan Stutz - Escritor Apecom

terça-feira, setembro 06, 2016

COMO MARCHAR PARA ALCANÇAR OS CEM ANOS





Edificando o Povo de Deus
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“Quem é o homem que ama a vida 
e quer longevidade para ver o bem?”
Salmos 34.12-18


A vida passa muito rápido. Se você já viveu 30 anos, certamente pensa que ainda é muito pouco do que gostaria de viver. O mesmo sentimento acontece com quem já tem 50, 70 ou mais anos. O tempo passou e não podemos voltar atrás para mudar as coisas, mas podemos aprender a viver melhor o dia de hoje e se preparar para um futuro melhor.

O Salmista Davi provavelmente ainda não era idoso quando pronunciou estas palavras, mas era alguém que se cercava da experiência de pessoas mais vividas como o profeta Samuel. Em suas palavras, parece que Davi queria dizer que desejava chegar bem longe, viver bem e realizar seus sonhos. Para isso é necessário tempo suficiente. Embora Davi tenha vivido aproximadamente 70 anos (II Samuel 5.4-5), tempo longo para um guerreiro, o mais importante é conseguiu alcançar o que almejava.

Veja alguns conselhos do Salmo 34 que podemos aplicar à longevidade:

Cuidado com o que Fala: v.13 “Refreia a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente”.

A primeira recomendação é o cuidado com as palavras. Somos o que falamos “porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6.45). Então é preciso cuidar do que vemos, ouvimos e de tudo que entra em nosso coração para que este transborde apenas de coisas boas. Muitas amizades são desfeitas, oportunidades são perdidas e até vidas são destruídas por palavras impensadas.

Se você quiser viver muitos anos aprenda a cultivar coisas boas em sua mente e coração. Cultive o silêncio e reflexão. Pense antes de falar. Não diga o que não viu. Fuja dos fofoqueiros. Conversas inadequadas são como veneno que rouba o seu tempo.
Aproveite o tempo para falar coisas boas!

2- Faça escolhas certas: v. 14ª “Aparta-te do mal e pratica o que é bom”.                 
As escolhas determinam o destino que tomamos. No conselho do Salmista é algo simples, bastando deixar o que é ruim e procurar o que é bom. Para isso precisamos ter discernimento percebendo a diferença entre o certo e o errado como entre trevas e luz. Assim como provamos algo de comer e sentimos o cheiro antes indicando o sabor, também devemos perceber o que é bom ou ruim.

Se você quiser viver muitos anos precisa pensar antes de suas decisões. Reflita nas consequências de suas ações. Não faça nada pela emoção. Peça conselho a pessoas mais experientes e pesquise sobre o que vai fazer. Mas não fique parado pensando ou esperando as coisas acontecerem, mas “aproveitai as oportunidades” (Colossenses 4.5). Caso tenha feito alguma escolha errada, corrija enquanto há tempo e nunca pense que é tarde demais. Em suas escolhas, não pense somente em si mesmo, mas em quem estiver ao seu redor e até naqueles que participarão de sua vida no futuro.

Escolha sempre o melhor!

3- Cuide de suas Emoções: v.14b “procura a paz e empenha-te por alcançá-la”
Os sentimentos marcam os melhores ou piores momentos da vida. Não podemos evitar algumas dores como perdas e tribulações, mas podemos buscar o consolo do Espírito Santo (João 14.16). Por isso precisamos cultivar bons sentimentos que sejam lembrados por muito tempo. Muitas pessoas são jovens de idade, mas envelheceram emocionalmente guardando rancores do passado. Não adianta ter tudo se não houver paz no coração.

Se você quiser viver muitos anos precisa decidir sempre pela paz. Para isso será necessário abrir mão de muitas coisas e às vezes até da razão. Não adianta estar tudo do jeito que você pensa ser correto se o seu coração não estiver em paz com seu próximo e “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12.18).

Busque a paz em cada momento de sua vida!

4- Confie na justiça Divina: v.15,16 “Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor. O rosto do SENHOR está contra os que praticam o mal, para lhes extirpar da terra a memória”.

O motivo da infelicidade da maioria das pessoas é o sofrimento com injustiças. As crises da vida são os momentos em que não entendemos bem o que está acontecendo. Estes são os momentos que mais estamos sujeitos a errar. Durante os conflitos é que precisamos confiar mais em Deus. Às vezes vivemos injustiças que nos deixam inconformados. Estas situações são dolorosas e parecem que não vão acabar nunca.


Se você quiser viver muitos anos precisa confiar na justiça de Deus. Não adianta querer fazer justiça com as próprias mãos nem se vingar (Hebreus 10.30). Nem sempre vamos ver a justiça aqui nesta terra, mas com certeza Deus é justo e fará cumprir sua palavra sobre os bem-aventurados (Mateus 5.1-8). Podemos esperar em Deus sabendo que nem que seja no último dia, do juízo final, tudo será resolvido num grande acerto de contas. Vivendo assim, deixaremos de querer que as coisas aconteçam do nosso jeito e gastaremos mais energia com coisas proveitosas e que estejam ao nosso alcance. Não se torne uma pessoa rancorosa por causa de injustiças.

Deixe a justiça nas mãos de Deus!

5- Cultive a Espiritualidade: v. 17,18 “Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra de todas as suas tribulações. Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido”.
          
A vida de oração é descrita pelo Salmista como solução para as dificuldades enfrentadas. A melhor forma de cultivar a espiritualidade é através da oração e leitura da Bíblia. Deus sempre ouve a oração. A resposta também é certa, mas nem sempre será como ou quando queremos. O mais importante da vida de oração não é receber o que deseja e sim estar cada vez mais perto de Deus. A presença de Deus é garantida na oração.

Se você quiser viver muitos anos precisa ter tempo para se dedicar a espiritualidade. Os bens materiais não podem ser prioridade em sua vida. Você gasta sua saúde para ter dinheiro e depois o dinheiro não comprará sua saúde. A espiritualidade exige dedicação. Não espere precisar de Deus para orar, ore antes fazendo como um depósito de bênçãos para sua vida. Os momentos da vida são passageiros, mas cada minuto de oração não será é esquecido por Deus. Se Deus é eterno, somente Ele pode nos dar a vida a cada dia e cada minuto na presença do Senhor nos leva a experimentar um pouco de sua eternidade.

Invista tempo em oração!

CONCLUSÃO:
Ninguém sabe quantos anos vai viver, mas o importante é a qualidade de vida. Viver cada momento da melhor forma possível. A Palavra de Deus é o melhor manual para viver bem e somente com Deus podemos ser felizes, pois Jesus veio “para que tenham vida e vida em abundância” (João 10.10).

Se você quiser viver muitos anos procure falar coisas boas, tenha cuidado com as escolhas, cultive emoções positivas, quando tiver algum problema confie na justiça de Deus e cultive a espiritualidade através da oração. 

Deus tem uma vida melhor para você!


PELOS LAÇOS DA CRUZ DE CRISTO


Pr. Welfany Nolasco Rodrigues
Diácono Rilvan Stutz - Escritor Apecom

sábado, setembro 03, 2016

EIS QUE ESTOU A PORTA E BATO





Recuperação de texto

Povo, é muito triste o estado de pecado que vive o homem.  É também ordem divina, que os servos de Deus anunciem a Cristo! Lembremos: Jesus Cristo com toda Sua autoridade ordena: ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações em nome do Pai e do Filho. Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos e arrependimento. Mateus. 9.12e13. 
 
É um grande momento em nossas vidas quando temos absoluta certeza que estamos bem pertinho de Jesus Cristo, com humildade e comunhão.  Assim sentimos que somos enorme manancial de amor.  O convite de Cristo é irresistível, viver plenamente ao lado de Cristo é um momento “prometido” um momento ímpar. “EIS QUE ESTOU A PORTA E BATO” (Ap.3,20), destacamos a primeira parte do versículo para nossa meditação, observe é muito forte o convite de Cristo. A exortação a Igreja de Laodicéia, se destaca como uma “Igreja morna”, quando na verdade deveria ser quente e nem fria era.  O contexto não sugere uma referência a segunda vinda de Cristo e o banquete messiânico, são na verdade boas-vindas a vivência de Cristo no seu meio. Seu culto, portanto, era uma fraude vazia.

Jesus Cristo se refere à Igreja, mas se qualquer indivíduo, porém, quer abrir a porta do seu íntimo e ouvir a chamada de Cristo, então Cristo entrará para dirigir sua vida e lhe oferecer Sua convivência. Dividir, separar se faz necessário neste momento se é Cristo quem salva, e não a Igreja; mostramos que a Igreja tem vivido como casca, mantendo seu culto formal, todavia faltando o coração que é a comunhão, ficará sempre longe do Senhor. Com este comportamento continuará sendo uma verdadeira “casca”.
                  
No que se refere ao versículo em destaque; Deus prefere ser compassivo em lugar do cumprimento meticuloso da Lei. Gostaríamos de dar maior ênfase ao Apelo Divino, o chamado para o pecador! Lá em Isaías (Cap.1,18), diz assim: Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se observarmos o que o Profeta anuncia, é um convite aberto para um judicioso ajustamento de contas, aquilo que Jó havia pedido (Jó 23.7). Perante a justiça divina, ninguém sairia impune, mas o próprio Deus se oferece a nos revestir da brancura da santidade, ao invés da cor de carmesim que representa nossa vida de pecado.

Chamada divina ao arrependimento e a uma Vida Reta. Em Jr. 35.15. Diz assim: Começando de madrugada, vos tenho enviado todos os meus servos, dizendo: Convertei-vos agora, cada um do seu mau caminho, fazei boas as vossas ações e não sigais a outros deuses para servi-los; assim ficareis na que vos dei a vós outros e a vossos pais; mais não me inclinastes os ouvidos, nem me obedecestes a mim. Observemos que o cap. 35.15 ensina-nos a fé combinada com a obediência, que formam a soma chamada “fidelidade”.
              
Ainda observamos no texto preceitos humanos, porém com intentos de uma adoração mais pura de Deus, seguiram a risca durante muitos séculos.  A família dos recabitas viu nisto a razão de ser.  Muito mais, pois, o povo de Deus, fundamentado sobre as alianças de Deus, especialmente a nova aliança firmada na pessoa de Jesus Cristo deve refletir a natureza e a vontade de Cristo em toda a Sua doutrina, Suas atitudes e Suas ações.

Atendendo a Tríplice chamada, aplicamos aqui o último apelo evangelístico do Espírito pregado pela Igreja.  “O Espírito e a Noiva”. Os que anseiam pela Vinda de Cristo! O Espírito, que inspira o profeta e ilumina a Igreja. Os que têm sede pela justiça, os humildes que não têm nenhum mérito próprio para receber a salvação. Que meditem no convite do Mestre! “EIS QUE ESTOU A PORTA E BATO”. O convite de Jesus Cristo é “Imutável Ímpar”.  

Realmente recebidos pelo pecador, alcançarão todos os planos do Pai Celeste. Já não bastasse tamanha graça, exaltemos a Jesus Cristo, com muita alegria em nossos corações, o Mediador de todas as oportunidades, o perdão, a Salvação e o maior de todo “O Amor”. Louvemos sempre: O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da Vida. (Ap.22,17). Amém



Diácono Rilvan Stutz
Igreja Presbiteriana do Brasil
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