Versículo do Momento

LEIA A BÍBLIA

domingo, fevereiro 20, 2011

A EDUCAÇÃO E A ATIVIDADE LÚDICA

TEMA - EDUCAÇÃO

O Ser Humano possui uma dimensão que transforma radicalmente a vida biológica em algo de qualitativamente diferente é a DIMENSÃO SIMBÓLICA. O homem age em função dos significados que imprime à realidade e age segundo a dignificação que a sua linguagem permite.
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A linguagem é um fenômeno essencialmente social, produto das comunidades humanas. Somos educados através de um código lingüístico de acordo com o grupo cultural em que estamos inseridos.

Se a simbologia dos códigos lingüísticos pode pela formalização e racionalidade dificultar a comunicação, as linguagens expressivas através das quais se transmitem sensações, emoções e sentimentos, têm significado universal e ultrapassam as diferenças, ensinando o que há de comum e ajudando a compreender e respeitar o que é diferente.

A Arte o Jogo e a Cultura são manifestações naturais do homem, definem a sua essencialidade significante e pode exprimir as capacidades criadoras potencialmente existentes em cada indivíduo, em cada comunidade, em cada povo, qualquer que seja a fase ou o nível de desenvolvimento em que se encontra. Essas manifestações permitem uma visão global e integrada do indivíduo, dos grupos e das épocas, elas projetam o espírito de cada momento histórico vivido pelo indivíduo ou pela sociedade em que ele está inserido.

Vivemos numa época em que se concretizam e aperfeiçoam os sistemas de comunicação, se intensificam as especializações a linguagem cientifica e técnicas impenetráveis para a maioria dos homens. Em que o predomínio da racionalidade da tecnologia, o ritmo de desenvolvimento econômico e industrial, rasga cada vez mais o tecido social provocando maiores diferenças de código e daí mais dificuldades de comunicação.

Onde a escola se transformou num desses fatores de intervenção perigosa para grande parte da humanidade, pois determina a incapacidade, condiciona o risco e o fracasso e provoca a marginalização de muitos indivíduos. Ora, Educação visa á formação integral do Homem, na sua realidade biológica, psicológica e social e tem de estar atenta aos pressupostos e às características e necessidades culturais de cada grupo.

As linguagens expressivas, em que se incluem a atividade lúdica e a expressão artística, facilitam a comunicação, favorecem a aprendizagem (da vida) desenvolvem a criatividade e capacidade crítica, preparando adultos e crianças para uma melhor adaptação, pois à medida que exercem uma ação estruturante quanto ao conhecimento, vão libertando energias e permitindo formas dinâmicas de participação.








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Diác. Rilvan Stutz - Membro Shvoong
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sexta-feira, fevereiro 18, 2011

OBEDIÊNCIA

EDIFICAÇÃO





Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Filipenses. Cap. 3 17.
DIVISÃO
Não podemos deixar de comentar que o Apóstolo Paulo exorta sobre a divisão e contenda na Igreja. A Salvação é o resultado do trabalho, a obediência a saúde Espiritual da Igreja de Cristo. O espírito de harmonia é o resultado da Obra de Deus. Quando lemos o versículo 15, b, do mesmo texto. O Apóstolo fala: na qual resplandeceis como luzeiros do Mundo. Luzeiros, a figura parece ser de estrela brilhando no céu escuro (cf.Dn. 12:3 e Mt.5: 14-16). O contraste no comportamento dos cristãos em distinção do mundo é semelhante a Jesus Cristo, enquanto viveu na terra. Finalizando este primeiro parágrafo, diria que nossa responsabilidade com a Palavra da Vida é tremenda e intransferível, não devemos andar de um lado para outro tentando achar um jeitinho que me agrada e me satisfaz, quando na verdade deveríamos segundo as ordens do Espírito Santo de Deus, levar a Palavra da vida, que é o sinônimo para O Evangelho, devemos ser exemplo como aquele que leva uma “TOCHA DA VITÓRIA E DEVEMOS SEGURAR FIRMEMENTE!”.

EXEMPLA-SE.
A palavra divisão, desde o tempo de Cristo e seus Apóstolos, percebe-se, não é aconselhável de forma alguma no seio Evangélico no que diz respeito à Doutrina e ordem que deve haver na Igreja, acredito devemos ser obedientes onde estivermos. Toda divisão neste sentido, dentro da Igreja ela é maléfica! Também na Sociedade em que a vivemos pela quantidade de problemas, em muitas situações dentro do nosso espaço de vida. No que tange aos ensinamentos adequados para cada Igreja é sempre aconselhável prevalecer à ordem, obediência e fidelidade ao que você Crê. Sabemos cada denominação tem sua Doutrina e Constituição, por tal motivo à obediência deve estar acima de qualquer atitude que fira a obediência.

ORIENTAÇÃO.
Ainda no livro de Filipenses Cap. 4, versículo dois em diante, o Apóstolo Paulo vê um problema entre Evódia e Síntique, não podemos dizer o que acontecia entre elas “mas”, é certo algo não ia bem para a cooperação do Evangelho. Paulo exorta. No versículo 5 o Apostolo fala maravilhosamente assim: Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Aprendemos desde pequeninos que devemos ser fiéis, um livro aberto, sem medo, ter nossa vida exemplar perante os Homens. Gostaríamos ainda de destacar o mesmo Apostolo Paulo aos Efésios, cap. 4, versículos 17,18. Que diz assim: Isto, portando, digo, no Senhor testifica que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem pela dureza dos corações.


O HOMEM AFASTADO DE DEUS
O Espírito Santo se afasta do coração que é primeiramente ignorante voluntariamente, depois é endurecido e finalmente se torna insensivel. O homem integrado na vida de Deus. Tem resultados importantes, que são: fortalece o Espírito, torna-se discípulo verdadeiro de Cristo, é instruído por Ele nos valores reais, reveste-se de Cristo na sua perfeição. O comportamento do Cristão dentro destes ensinamentos nos leva com certeza, ser fonte dos benefícios do Evangelho. Como diz o Apóstolo: Portanto, meus Irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa sim, amado permaneceis deste modo, firmes no Senhor.

COMO ESTÁ O MEU VALOR
Obedecer à instrução sábia do Senhor, observar os ensinamentos do Apóstolo, são virtudes que devemos cultivar de forma diária em nossas vidas, a obediência e o temor do Senhor, já é um grande passo para melhoramos nossa comunhão, nossa vida Espiritual com Jesus Cristo. A cooperação, o amor ao próximo, o zelo em tudo que fizermos olhar a questão social tão necessária no momento, como é urgente tal situação (o social). Firmeza na Palavra verdadeira, ser a fiel testemunha do Senhor. Estes poucos quesitos, já poderão mostrar o meu valor! Em Eclesiastes, observamos tão lindo versículo, Salomão fala sobre a submissão ao Rei Eterno e destacamos a parte b, do cap. 8 v. primeiro: A SABEDORIA DO HOMEM FAZ RELIZIR O SEU ROSTO, E MUDA-SE A DUREZA DA SUA FACE.









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quarta-feira, fevereiro 16, 2011

EXPRESSÃO DA CARNE

EDIFICAÇÃO




Rm 8: 5 – 7
A palavra expressão, no vernáculo, significa ato de exprimir-se; enunciação do pensamento por meio de gestos, ou palavras escritas ou faladas. Assim, os homens procuram a sua liberdade de expressão através das palavras, do semblante, dos gestos articulados para a comunicação. A coreografia da vida humana é constituída por modos como o gesto, a voz, ou a fisionomia que denotam a intensidade de um sentimento ou de um estado moral. Em suas representações e manifestações carnais, o mundo dança!


A palavra carne, na bíblia, nem sempre está ligada aos tecidos que formam nossa massa muscular, nosso corpo físico. Constantemente, está ligada à natureza carnal, isto é, ao sensualismo, à concupiscência, de modo geral à natureza pecaminosa do ser humano. Esta natureza, que constitui a roupagem do velho homem, que jaz arraigado nos seus velhos hábitos, o leva ás suas expressões de intensa carnalidade. Paulo assim nos exorta: Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; ... Porque o pendor da carne dá para a morte, ...Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Rm 8. 5– 7.

O carnaval é uma das ocasiões em que o descrente manifesta a sua completa oposição contra Deus. O sentido da palavra carnaval é festa da carne. E por incrível que nos pareça ele é de origem religiosa. No mundo cristão medieval se dava em um período de festas profanas que se iniciava, geralmente no dia de reis, que era uma epifania, isto é, aparição ou manifestação da divindade. Com as festividades religiosas celebravam essa suposta aparição. Os atos litúrgicos da epifania se estendiam até a quarta-feira de cinzas, dia em que começavam os jejuns quaresmais. A epifania consistia em festejos populares e em manifestações sincréticas, ou seja, forte tendência de unificação de idéias e doutrinas. Esse sincretismo ou tendência de misturas tinha as suas origens nos ritos e costumes pagãos.

As festas dionisíacas, atribuídas ao deus Dioniso, do panteão grego, deus dos ciclos vitais, da alegria e do vinho, chamado Baco entre os romanos, em cujas celebrações realizavam os bacanais. Eram festas pagãs de exagerada carnalidade, regradas ao vinho, realizadas nas grandes cidades tais como, Corinto, Éfeso, Pérgamo e outras. Em meio à indecência moral havia a presença de imperadores, nobres e cavalarianos romanos, ocasiões em que levaram alguns cristãos ao martírio. Dionisíaca é a natureza carnal semelhante à de Dioniso ou Baco, com a conotação de agitada, arrebatada, desinibida. É relativo ao entusiasmo, à inspiração criadora. É Instintiva, natural, espontânea; tumultuária, confusa e desordenada.

Também as epifanias da idade média celebravam as festividades saturnais e lupercais. As saturnais eram atribuídas a Cronos, na mitologia grega, o tempo, que era personificado pelo deus Saturno. As lupercais eram festas anuais celebradas, na Roma antiga, em 15 de fevereiro, em honra do deus Luperco ou Pã, para assegurar a fertilidade. Pâ era deus adorado pelos pastores pagãos que a ele atribuíam a fertilidade de seus rebanhos.

As festas dionisíacas, as saturnais e as lupercais se caracterizavam pela alegria desabrida, pela eliminação da repressão e da censura, pela liberdade de atitudes críticas e eróticas. Dessas tradições nasceu o carnaval brasileiro. A cultura afra, em seu paganismo, trouxe o seu próprio panteão, cujos deuses são relativos ao do panteão grego e os santos das tradições católico-romanas, sincretismo ou mistura surgida com a fusão do cristianismo e do paganismo a partir do ponto em que a igreja cristã tornou-se a religião oficial do estado romano.

Tais tradições caracterizam o carnaval, a mais famosa festa pagã brasileira. Intensa manifestação de carnalidade, onde o paganismo e a imoralidade são as grandes armas usadas pelo diabo para a decadência da nossa querida nação. São os três dias imediatamente anteriores à quarta-feira de cinzas, dedicados a diferentes sortes de diversões, folias e folguedos populares, com disfarces e máscaras; É tríduo porque é realizado em três dias e momesco, consagrado a ao Rei Momo, que personifica o carnaval. Momo significa pequena farsa popular e em termos teatrais, o ator que representava nessas farsas. Assim o Rei Momo, personagem popular e central do carnaval, a quem simbolicamente são entregues as chaves das cidades é um rei de mentira. A mentira usada pelo diabo para atrair multidões à folia, ao prazer da carne, ao pecado. I Pe 5. 8.

O carnaval é completa oposição a Deus. É o culto do homem ao próprio homem, é o despejar sobre a carne de todos os seus desejos. É a sintonia com a paixão e a lascívia. Lascívia porque está relacionado com a sensualidade e a luxúria; paixão porque ligado aos desejos desenfreados e descontrolados da carne. Paulo, referindo-se ao velho homem ou à natureza carnal admite: Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum,... Rm 7. 18. Isso, contudo não pode ser torcido para apoio ao entusiasmo do carnaval. A carnalidade é condenada pela Escritura, porque ... o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Rm 8. 7. A palavra inimizade aqui usada por Paulo tem o sentido original de rebeldia completa contra Deus. Portanto os que estão na carne não podem agradar a Deus. Rm 8.8.

O estar na carne engloba, entre outros, todos os desejos ligados à luxúria, à libertinagem e impulsos sexuais descontrolados e praticados no carnaval. As conseqüências de todo o liberar da carne são drásticas. O aumento da população marginalizada e infelicidade de jovens e adolescentes que se tornam mães prematuramente, o contágio pelas doenças sexuais transmissíveis como a gonorréia, o cancro e a AIDS que tem levado muitos à morte. Tais conseqüências, ainda que drásticas, caracterizam o juízo de Deus sobre a natureza humana, a que se entrega ao carnaval. As cláusulas da execução do juízo de Deus sobre os ímpios são claras. Paulo nos assegura que Por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]. Cl 3. 6. Leiam todo o texto de Cl 3. 5 – 7. O carnaval engloba amplo contexto de depravação, estando, portanto, sujeitos ao enquadramento previsto pelo apóstolo Paulo em Rm 8.7, todo vil praticante, colaborador, admirador ou simpatizante,

Assim, aconselhamos, veementemente, a todos os crentes que fujam de todo o envolvimento com o carnaval. Fujam de toda espécie de aparência a ele ligada, para que não sejam confundidos com os filhos das trevas. Nós somos filhos da luz e como tal devemos produzir um comportamento digno ao status a que somos elevados. Somos filhos de Deus. Devemos amar ao nosso Pai Celestial, buscar a santidade que ele exige de nós, andar em novidade de vida, pregar a redenção em Jesus Cristo. Sejamos instrumentos nas mãos de Deus para libertação de vidas da infelicidade, do caos moral, da morte por doenças transmissíveis e da morte eterna.

Esta pastoral foi aplicada na Escola Dominical. Desejo que todos aprendam para o seu crescimento espiritual e que levem a luz do evangelho aos que carecem de uma palavra de consolação e de salvação.
Amém.
Aviva a tua obra, ó Senhor, Hc 3.2

https://sites.google.com/a/ipb.org.br/rev-cleusonogueira/
O Rev. Cleuso Nogueira, atualmente, é Pastor Efetivo da Igreja Presbiteriana de Central de Minas – MG e membro do Presbitério Rio Doce.
Central de Minas Gerais- MG.













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domingo, fevereiro 13, 2011

BATER PALMAS E AS ESCRITURAS

EDIFICAÇÃO



As Palmas como expressão de Culto, na celebração no Templo.
As palmas como expressão de culto, na celebração no templo, não encontra qualquer respaldo nas Escrituras. O livro dos Salmos descreve o louvor dos crentes e o louvor universal. Descrevem também manifestações próprias de culto como igreja que As Palmas como expressão de Culto, na celebração no Templo. Eram, e outras manifestações musicais e artísticas e folclóricas como povo-estado que também eram.
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O culto no tabernáculo ou no templo do Velho Testamento, por sua vez era o mais impeditivo possível. Seguia-se uma liturgia rígida. A mobília e os utensílios do templo foram rigorosamente prescritos. Somente os sacerdotes cantavam (os 280 cantores levitas, homens vocacionados para este fim), Os instrumentistas eram ordenados, de uma única tribo, e ninguém mais. Somente o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano no santo dos santos. Nem todos os instrumentos eram permitidos no templo, somente alguns próprios para o culto. Os homens comuns do povo assistiam a tudo de longe, as mulheres ainda mais longe em seu próprio lugar, os estrangeiros por detrás do muro da separação que existia para afastá-los ainda mais. Todos estes longe do átrio onde a celebração se dava. Tudo era impedimento.
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Então, tomar o Salmo 47 no seu versículo 1, que está no contexto do Velho Testamento (“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus...”), como se o culto do Velho Testamento seguisse à vontade, nos parece um equívoco pelos argumentos anteriores e também porque este Salmo está se referindo ao louvor universal, não do templo. No templo jamais se bateram palmas; até hoje as sinagogas judaicas não o fazem. E este é o único texto que fala de aplaudir, de bater palmas como expressão de louvor. No mesmo contexto o Salmo 98.8 determina que “os rios batam palmas,...”. (Isaias 55.12 trás a mesma idéia).
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O Salmo 150 determina que “todo ser que respira louve ao Senhor.”, mas nós não trazemos um animal, que evidentemente respira, para o templo, o que seria uma abominação ao Senhor. Os animais trazidos em sacrifício eram oferecidos fora do átrio, e mesmo assim, representavam a Cristo que é o “Cordeiro que foi morto de uma vez por todas”, acabando com todos os sacrifícios sanguinolentos de animais. Assim, no Novo Testamento não existe nem sequer esta possibilidade.
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A totalidade das outras referências bíblicas sobre palmas não se refere a expressão de louvor, mas de zombaria, escárnio, ódio, e também uma delas, de homenagens humanas. Vejamos. Números 24.10 fala da ira de Balaque que se acendeu contra Balaão, “e bateu ele as suas palmas.” Em II Reis 11.12 encontramos a coroação de Joás, quando eles “bateram palmas”, em homenagem ao novo rei. Em Jó 27.23, encontramos a descrição da sorte dos perversos com a seguinte afirmação: “à sua queda lhe batem palmas, à saída o apupam com assobios.”, se referindo a vaias. Em Jó 34.37, encontramos: “Pois ao seu pecado acrescenta rebelião, entre nós, com desprezo, bate ele palmas, e multiplica as suas palavras contra Deus.” Lamentações 2.15 fala do escárnio sofrido por Jerusalém: “Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém:...”, vaias, e levantar de ombros como dizendo “nem te ligo”. Ezequiel tem duas referências a Deus como batendo palmas, mas Ele o faz em ódio contra Israel (Ezequiel 21.17; 22,13).
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O texto de 21.17, por exemplo, diz: “Também eu baterei as minhas palmas uma na outra e desafogarei o meu furor; eu, o Senhor, é que falei. As duas outras referências ali são sempre em tom de zombaria (6.14; 21.14). Nahum 3.19 é o último versículo desta profecia e também fala pela última vez em bater palmas no Velho Testamento, também em tom de zombaria, de asco:“Não” há remédio para a tua ferida; e tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”. Neste caso específico encontramos a ruína de Nínive e a maldição que sobre esta cidade foi derramada. Enquanto estava ela doente de morte, com uma chaga incurável, todos “baterão palmas” sobre ela, impingindo maior aflição pelo barulho das palmas e seu ritmo infernal. O livro dos Salmos falam uma única vez de “aplaudir”, em 49.13, falando sobre o proceder dos seguidores dos estultos que “aplaudem o que eles dizem.”
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No Novo Testamento não há nenhuma referência ao bater de palmas, muito menos em relação a uma atitude cúltica, por que, enquanto o Velho Testamento era repleto de gestos como “colocar o rosto em terra”, o “rasgar as vestes”, o “colocar cinza sobre a cabeça”, o “vestir-se de pano de saco”, etc. etc, o Novo Testamento nos chama a um culto racional conforme orienta Paulo em Romanos 12.1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”. Esta expressão “Logiken Latria” – (culto racional), fala de um culto supra-sensual, um culto que não requer recursos como a dança (que nunca foi permitida no templo do Velho Testamento como expressão de culto), ou sequer as palmas, menos ainda das outras expressões gestuais.
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As palmas para marcar o ritmo da música, devem ser observadas dentro de um contexto da música como um todo. A música para a adoração é composta de harmonia, melodia; ritmo e letra. Cada uma destas partes atinge um aspecto do nosso ser. A harmonia atinge o nosso senso do belo, pela quantidade de sons, que, tal como a diversidade das cores e seus matizes, chama a nossa atenção para a beleza; a melodia toca as nossas emoções; a letra tange a nossa inteligência, a razão; o ritmo, por sua vez, apela para o nosso corpo, o que por si só não é mal, absolutamente.
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Nosso coração bate em ritmo, nossos passos são dentro de ritmo. Todas estas partes, então, devem promover a integridade da música e a integridade do ser que adora. Uma música melosa, melodiosa se torna excessivamente romântica, sentimental, o que não é próprio para o culto. Uma música com uma harmonia complexa, com harmonias dissonantes, também não é própria, pois chama a atenção exageradamente para uma de suas partes esquecendo-se da inteireza. A letra deve ser doutrinariamente sã trazendo a mensagem da Palavra de Deus ao nosso coração. O ritmo não pode ser de tal ordem que nos convide ao requebro.
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As palmas como expressão de culto, portanto, não são próprias, pois frisam o ritmo que convidam ao requebro, aos meneios, à sensualidade.
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Lembremo-nos que adoramos a Deus conforme o que Ele requer e, Ele não requer que o façamos através de palmas, a não ser no louvor da natureza, dos rios, do farfalhar das árvores, do uivar e grunhir dos animais, do pipilar das aves, das palmas e até mesmo da dança. Mas no templo o louvor é racional, supra-sensual. O culto é logiken latria. Seu pastor, nesta autocrítica, então lhes promete, como responsável diante de Deus pela condução litúrgica, que não proporá e nem permitirá que no campo da Primeira Igreja se use palmas no culto solene prestado em celebração a Deus para aplaudir feitos humanos, ou mesmo, como expressão de culto ao Senhor. De fato, nenhuma coisa nem outra são próprias, à solenidade do culto que prestamos ao nosso Deus e Senhor.
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Documento Elaborado e Aprovado pelo Supremo Concílio da Igreja IPB.
Rev. Ludgero Bonilha Morais. Secretário Executivo da IPB.





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