MENSAGEM - OPINIÃO
Todo o prédio estremeceu sob meus pés, e diante dos meus olhos incrédulos, seguiu-se uma gigantesca bola de fogo que iluminou o céu, como um amanhecer desregrado. Fiquei paralisado por um tempo, vendo aquilo. Não sabia o que pensar tampouco o que fazer. A sequência foi ainda pior: gritos, motoristas desgovernados e pânico geral. Grudei-me apavorado à televisão em busca das informações que logo vieram. Sabia que nada poderia fazer em meio ao caos cinematográfico que ali aconteceu, preparação para um filme, assim desci até ao local para me inteirar melhor. Mas naquela noite também não consegui dormir, aquela bola de fogo me fez meditar muito sobre o fim dos tempos prometido Por Nosso Senhor, assusta! Nos deixa tenso, mas convivi com tal, a fé até que falhou um pouco, mas me recompus.
Acompanhei atento por vários dias ás matérias sobre o ensaio ali acontecido. Em minhas meditações, após muita reflexão quanto ao sofrimento alheio e tão próximo como nunca havia visto, decidi que precisava me reencontrar encontrar "Deus", eu não vivia um bom momento confesso.
Independente de a falha ter sido mecânica ou humana, ou seja, problemas "nossos", eu tinha que encontrar o criador de tudo. Eu, um cético convicto, totalmente descrente de qualquer coisa além do palpável, em busca de algo que nem acreditava... Mas, não como uma arrogante exigência e sim amorosa, um humilde pedido de esclarecimento pelo impacto que senti me balançou muito, foi quando percebi que necessitava estar bem mais pertinho do Criador, sentir Seu poder.
O primeiro local de minha cruzada foi uma gigantesca e magnífica construção do século XVII, luxuosamente decorada com objetos de muito valor; braço de uma das mais antigas religiões, uma poderosíssima instituição de complexa hierarquia e de grande influência política ao longo da história - até cruel em alguns casos. Ali ouvi, observei, meditei e... Fui embora desanimado, com a sensação de contradição no peito. Todo aquele poder e ostentação pareceu-me muito distante da simplicidade e humildade pregadas pelo Cristo que eles mesmos difundem. Ali me pareceu que eles falam como divindades, mas agem como mortais arrogantes e faltosos...
Parti para uma nova tentativa: um templo de dimensões igualmente faraônicas. Lá, milhares de pessoas gritavam e cantavam eufóricas sob o comando de um líder igualmente empolgado. Todos pareciam hipnotizados. O dinheiro corria como num mercado qualquer, por isso, naquele lugar, senti certa "quantificação comercial" da fé. Saí da agitação com a ruim sensação que as doces palavras de Jesus estavam sendo, ali, propositalmente distorcidas com fins lucrativos, me senti mal, pois eu conhecia muito de Jesus em leitura.
Num pequeno, simples e silencioso ponto de reuniões, senti o suposto ambiente ideal para "o encontro". Nesse lugar, um senhor muito atencioso e de cultura explícita me ensinou, por horas, sobre resgates coletivos e dívidas com vidas passadas. Apesar de ter sido a explicação mais próxima de algo inteligente que eu ouvira até o momento, incomodou-me um pouco o exagero nas convicções. Não sei se explicar mistérios seja tão simples quanto lecionar história... Afinal, trata-se do "desconhecido", deve haverá o momento certo para que a verdade desponte sem suposições...
O domingo chegava ao fim. Eu estava exausto e... Decepcionado. Onde estaria Deus? Onde eu encontraria aquele que, dizem, criou-nos à sua semelhança e cuida dos nossos rumos com muito amor? Aquele que, segundo diversos ensinamentos convergentes, deu seu filho por nós... Se tão poderoso, por que o anonimato? Por que se esconder atrás das nossas dúvidas infantis?
A fome incomodou. Comprei um lanche e me sentei numa praça. Enquanto comia, olhava para o céu tentando ver para crer... Só um mísero sinal! Quando percebi, havia um senhor ao meu lado. Sujo, maltrapilho e silencioso. Aliás, nem sei como se aproximou tão despercebido... Apesar do meu ceticismo, sempre fui atuante em relação aos necessitados. Sempre ajudei dentro do possível; por isso, ofereci-lhe a metade do lanche que me restava, supondo sua fome. Ele aceitou e comeu em silêncio. Antes de ir embora, o velho homem olhou fixamente em meus olhos e disse: "Abençoado seja, filho!" Em seguida, desapareceu da mesma forma enigmática que surgira.
Em toda minha vida, jamais havia visto brilho tão intenso num olhar... Uma sensação indescritível percorreu minha alma, e lágrimas de alegria me desceram pelo rosto, pois na "simplicidade" de um pequeno fato, compreendi a insensatez das minhas dúvidas... E pela primeira vez, eu pedi perdão a "Ele". Perdão pela minha visão saudável, mas egoísta por só enxergar o conveniente. E, principalmente, perdão por tentar buscar tão longe o que está sempre tão perto... Foi assim que "Ele" me reencontrou!
Quase
posso me lembrar de cada pôr de sol que assisti da sacada do meu apartamento.
Também, das noites estreladas que até assustavam pela beleza, e das fortes
chuvas que surgiam amedrontadoras e despencavam abençoadas. Só nunca me passou
pela cabeça que, após anos, ali, testemunhando constantemente os espetáculos da
natureza, pudesse presenciar uma cena tão horrível como aquela.
Todo o prédio estremeceu sob meus pés, e diante dos meus olhos incrédulos, seguiu-se uma gigantesca bola de fogo que iluminou o céu, como um amanhecer desregrado. Fiquei paralisado por um tempo, vendo aquilo. Não sabia o que pensar tampouco o que fazer. A sequência foi ainda pior: gritos, motoristas desgovernados e pânico geral. Grudei-me apavorado à televisão em busca das informações que logo vieram. Sabia que nada poderia fazer em meio ao caos cinematográfico que ali aconteceu, preparação para um filme, assim desci até ao local para me inteirar melhor. Mas naquela noite também não consegui dormir, aquela bola de fogo me fez meditar muito sobre o fim dos tempos prometido Por Nosso Senhor, assusta! Nos deixa tenso, mas convivi com tal, a fé até que falhou um pouco, mas me recompus.
Acompanhei atento por vários dias ás matérias sobre o ensaio ali acontecido. Em minhas meditações, após muita reflexão quanto ao sofrimento alheio e tão próximo como nunca havia visto, decidi que precisava me reencontrar encontrar "Deus", eu não vivia um bom momento confesso.
Independente de a falha ter sido mecânica ou humana, ou seja, problemas "nossos", eu tinha que encontrar o criador de tudo. Eu, um cético convicto, totalmente descrente de qualquer coisa além do palpável, em busca de algo que nem acreditava... Mas, não como uma arrogante exigência e sim amorosa, um humilde pedido de esclarecimento pelo impacto que senti me balançou muito, foi quando percebi que necessitava estar bem mais pertinho do Criador, sentir Seu poder.
A
tragédia vizinha me impulsionara a tentar compreender o porquê algumas pessoas
haviam sido "milagrosamente" salvas por casualidades inacreditáveis,
enquanto outras, estrategicamente, escolhidas para o fim, pois o ensaio algo
deu errado e causou danos.
Apesar da
minha descrença nas religiões, o gosto pela leitura abarrotava meus arquivos
mentais. Em teoria, eu conhecia muito sobre as diretrizes de todas elas. No
domingo, logo cedo, saí em busca... "Dele".
O primeiro local de minha cruzada foi uma gigantesca e magnífica construção do século XVII, luxuosamente decorada com objetos de muito valor; braço de uma das mais antigas religiões, uma poderosíssima instituição de complexa hierarquia e de grande influência política ao longo da história - até cruel em alguns casos. Ali ouvi, observei, meditei e... Fui embora desanimado, com a sensação de contradição no peito. Todo aquele poder e ostentação pareceu-me muito distante da simplicidade e humildade pregadas pelo Cristo que eles mesmos difundem. Ali me pareceu que eles falam como divindades, mas agem como mortais arrogantes e faltosos...
Parti para uma nova tentativa: um templo de dimensões igualmente faraônicas. Lá, milhares de pessoas gritavam e cantavam eufóricas sob o comando de um líder igualmente empolgado. Todos pareciam hipnotizados. O dinheiro corria como num mercado qualquer, por isso, naquele lugar, senti certa "quantificação comercial" da fé. Saí da agitação com a ruim sensação que as doces palavras de Jesus estavam sendo, ali, propositalmente distorcidas com fins lucrativos, me senti mal, pois eu conhecia muito de Jesus em leitura.
Num pequeno, simples e silencioso ponto de reuniões, senti o suposto ambiente ideal para "o encontro". Nesse lugar, um senhor muito atencioso e de cultura explícita me ensinou, por horas, sobre resgates coletivos e dívidas com vidas passadas. Apesar de ter sido a explicação mais próxima de algo inteligente que eu ouvira até o momento, incomodou-me um pouco o exagero nas convicções. Não sei se explicar mistérios seja tão simples quanto lecionar história... Afinal, trata-se do "desconhecido", deve haverá o momento certo para que a verdade desponte sem suposições...
Durante a
incessante busca, ainda me deparei com crenças que impõem regras sobre roupas e
até comprimento dos cabelos; outras que fazem uso de artifícios múltiplos, tais
como: oferendas, alimentos e bebidas. Dentro do respeito máximo que sempre
cultivei por tudo e por todos, afastei-me destas também. Afastei-me com a
certeza de que uma entidade de luz, um ser superior, não deve dar tanta
importância a detalhes tão pequenos, tão "terrenos"...
O domingo chegava ao fim. Eu estava exausto e... Decepcionado. Onde estaria Deus? Onde eu encontraria aquele que, dizem, criou-nos à sua semelhança e cuida dos nossos rumos com muito amor? Aquele que, segundo diversos ensinamentos convergentes, deu seu filho por nós... Se tão poderoso, por que o anonimato? Por que se esconder atrás das nossas dúvidas infantis?
A fome incomodou. Comprei um lanche e me sentei numa praça. Enquanto comia, olhava para o céu tentando ver para crer... Só um mísero sinal! Quando percebi, havia um senhor ao meu lado. Sujo, maltrapilho e silencioso. Aliás, nem sei como se aproximou tão despercebido... Apesar do meu ceticismo, sempre fui atuante em relação aos necessitados. Sempre ajudei dentro do possível; por isso, ofereci-lhe a metade do lanche que me restava, supondo sua fome. Ele aceitou e comeu em silêncio. Antes de ir embora, o velho homem olhou fixamente em meus olhos e disse: "Abençoado seja, filho!" Em seguida, desapareceu da mesma forma enigmática que surgira.
Em toda minha vida, jamais havia visto brilho tão intenso num olhar... Uma sensação indescritível percorreu minha alma, e lágrimas de alegria me desceram pelo rosto, pois na "simplicidade" de um pequeno fato, compreendi a insensatez das minhas dúvidas... E pela primeira vez, eu pedi perdão a "Ele". Perdão pela minha visão saudável, mas egoísta por só enxergar o conveniente. E, principalmente, perdão por tentar buscar tão longe o que está sempre tão perto... Foi assim que "Ele" me reencontrou!
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