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segunda-feira, maio 11, 2009

GRIPE SUÍNA: A VACINA







GRIPE SUÍNA: A VACINA
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VACINA APLICADA NO HEMISFÉRIO NORTE PODE SER SER MAIS EFICIENTE
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A cada ano, desde 1999, com base em previsões de quais cepas dos vírus influenza deverão circular na estação seguinte, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma vacina contra a gripe com uma composição específica para o hemisfério Sul e outra para o hemisfério Norte.
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Mas, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, se a composição recomendada para o hemisfério Norte fosse adotada também no Brasil, a eficiência da vacina poderia ser duas vezes maior. E isso não apenas nas áreas mais próximas ao Equador, mas até mesmo para cidades localizadas mais ao sul, como São Paulo.
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O trabalho, liderado pelo brasileiro Wladimir Alonso, pesquisador do Centro Internacional Fogarty, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, foi publicado em abril. O estudo foi feito com base em simulações do sucesso da vacinação sob diferentes cenários hipotéticos.
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Os resultados nos surpreenderam, mas eles mostram que, provavelmente, para aumentar a eficiência da vacina contra gripe no Brasil teremos que alterar o timing da vacinação, aplicando aqui a composição recomendada para o hemisfério Norte - disse à Agência FAPESP. A gripe, causada por diversos tipos do vírus influenza, espalha-se por diversas regiões do mundo de forma sazonal. A alta taxa de mutação dos vírus dificulta seu reconhecimento pelo sistema imune e, por isso, as composições das vacinas precisam ser atualizadas anualmente, a partir de previsões de quais cepas dos vírus deverão circular na estação seguinte.
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Quando se fabrica uma vacina, colocam-se três tipos de cepas diferentes – dois do influenza A e um do influenza B. Para isso, o que se faz é uma espécie de exercício de profecia: um painel de especialistas, representantes desses centros da OMS, estuda e emite recomendações periódicas indicando as cepas virais que poderão circular com mais força dentro de seis meses – esse é o tempo necessário para produzir a vacina -explicou Alonso.
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Como o vírus tende a se propagar com mais força no inverno e essa estação tem uma defasagem de seis meses entre os dois hemisférios, a OMS decidiu fazer duas recomendações diferentes para cada um deles. Inicialmente, estávamos interessados em aprofundar o conhecimento sobre a circulação do vírus na América do Sul. Publicamos dados que mostram que a gripe parece circular primeiro na região do Equador e, mais tarde, no sul. Queríamos aprofundar essa hipótese e entramos em contato com os diretores dos centros da OMS.
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As análises feitas a partir das amostras enviadas pelos centros ao laboratório de Alonso mostraram que quando a vacina era aplicada, já havia uma circulação importante do vírus da gripe. Para os pesquisadores, isso indica que seria proveitoso começar a vacinação com antecedência no Brasil – possivelmente entre setembro e novembro, em vez da aplicação feita atualmente pouco antes do inverno, no fim de abril.
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Em seguida, comparamos diferentes cenários a fim de verificar o que ocorreria se a vacina fosse aplicada com antecedência. O problema é que não tínhamos disponíveis as composições das vacinas para o hemisfério Sul, já que elas ficam prontas meses mais tarde. Fizemos um exercício hipotético, aplicando, no Brasil, a composição do hemisfério Norte, ao mesmo tempo em que ela era aplicada por lá - disse.
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COMPORTAMENTO DIFERENCIADO
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Ao comparar as cepas encontradas no Brasil às composições das vacinas aplicadas naquele período no hemisfério Norte, os pesquisadores perceberam que o acerto era maior do que o normalmente obtido com a vacina recomendada. Tivemos praticamente o dobro de acertos afirmou. O pesquisador explica que, por ter a maior parte do território localizado na região tropical, o Brasil não conta com estações tão bem definidas como as de alguns países ao norte, ou de outros concentrados em regiões mais meridionais, como o Chile e a Argentina. Essa característica pode alterar a circulação do vírus.
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Pelo que vimos até agora, inclusive a partir de outros estudos feitos em países como a Índia, a gripe não se comporta da mesma forma nos trópicos e nas regiões temperadas. O momento da propagação não é tão bem situado no inverno. Para caracterizar isso, utilizamos dados coletados em duas cidades localizadas nos dois extremos da região tropical – Belém, próxima ao Equador, e São Paulo, situada no trópico de Capricórnio - disse Alonso. Segundo o cientista, a partir dessa pesquisa duas linhas de estudos se tornam necessárias.
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Além de Alonso, participaram do estudo Wyller Alencar de Mello e Mirleide Cordeiro dos Santos, do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Ananindeua (PA), Terezinha Maria de Paiva, Maria Akiko Ishida e Margarete Aparecida Benega, do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e Cécile Viboud e Mark Miller, do Centro Internacional Fogarty, nos Estados Unidos.






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Por Diác. Rilvan Stutz - Membro Shvoong
Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro