Quase todos os centros de hepatologia do País relatam a crescente suspeita de hepatite tóxica provocada por chás, ervas e fitoterápicos, informa a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH).
= Preocupada com esse problema, SBH realizou neste ano um encontro para discutir o assunto, e observou que não existem estudos que comprovem a eficácia e a segurança para o uso desses produtos no Brasil. Mas foram vários os relatos de toxicidade pela ingestão de chá-verde, confrei, sacaca, erva-cavalinha, unha-de-gato, cáscarasagrada, mãe-boa, entre outras.
=Para Raymundo Paraná, Presidente da SBH, "a ciência médica não comporta preconceito, portanto não é contrária aos fitoterápicos nem a outros métodos não alopáticos, mas exige um critério de avaliação."
=As conclusões foram encaminhadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e ao Ministério da Saúde.
=A SBH está agora preparando um cadastro nacional de hepatoxicidade, que inclui os medicamentos alopáticos, fitoterápicos, complementos alimentares e a chamada medicina natural.
=O objetivo será oferecer às autoridades de saúde informações estratégicas. "Oxalá, autoridades de saúde despertem para esse tema", finaliza Paraná.
=O hepatologista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Francisco Couto, analisou 12 publicações sobre o uso de fitoterápicos no tratamento da aids e das hepatites crônicas do tipo B e C.
=Essas publicações avaliaram centenas de pessoas e abordavam, sobretudo, ensaios sobre a medicina tradicional chinesa. Segundo Couto, a maioria dos trabalhos avaliava desfechos e seleção de casos diferentes, incluindo muitas vezes até 10 plantas, o que torna difícil dizer qual princípio ativo, de fato, é eficaz.
=No entanto, a análise apontou para melhores resultados da terapia alternativa quando comparada ao Inteferon apenas ou a Ribavirana no tratamento das hepatites.
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Para o tratamento da aids, não ouve melhora do padrão imunológico, mas observou-se uma melhora na sensação do bem-estar dos pacientes analisados.
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Para o tratamento da aids, não ouve melhora do padrão imunológico, mas observou-se uma melhora na sensação do bem-estar dos pacientes analisados.
O alerta da SBH e a análise do professor Couto sugerem que o uso de produtos fitoterápicos carece de pesquisas sobre sua efetividade e que apesar de serem naturais podem provocar toxidade.
Igreja Presbiteriana do Brasil
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Diác. Rilvan Stutz "O Servo com Cristo!"
Sociedade Brasileira de Hepatologia
Fonte: Prontuário de Notícias - Portal
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