Recentes e dolorosos acontecimentos vividos por adolescentes, seus pais e parentes, seus professores, bem como por policiais, religiosos e políticos envolvidos nesses momentos difíceis da Cidade Maravilhosa, conduzem o povo e toda a sociedade brasileira às necessárias e inadiáveis interrogações abaixo escritas.
O que está acontecendo no meio social para que tanta violência nunca acabe? Será uma falta de maiores proibições, seja por meio de leis mais claras e exigentes, seja por ações policiais mais repressivas? Será que só campanhas de desarmamento da população, motivadas por emoções momentâneas, resolverão toda essa violência?
Essas perguntas certamente suscitarão variadas e discutíveis respostas que não cabem nessas linhas. Acreditamos que a Igreja tem uma grande missão neste momento, ir ao encontro dessas interrogações e dar a cada uma delas um giro de 180º.
O momento Espiritual é preponderante nestes momentos de dor e de questionamentos a uma posição sábia e serena, partindo de forma encorajada e firmadas na fé, firmadas na esperança em Nosso Salvador, Jesus Cristo e Nosso Deus Criador Eterno!
Diante das mortes violentas acontecidas no seu tempo Jesus não as questionou como se elas fossem castigo de Deus para os falecidos por esses serem pecadores, mas advertiu aos que lhe levavam essa questão dolorosa e misteriosa no sentido que eles e a humanidade ao longo dos tempos se convertessem, pessoal e profundamente, para que também não perecessem.
A conversão de uma sociedade onde a violência acontece dar-se-á na medida em que os homens e as mulheres que a constituem se convertam, não só dos seus pecados, mas principalmente se tornem pessoas capazes de perceberem os sinais de desordens afetivas, psíquicas e sociais dentro das famílias, das escolas e dos ambientes de trabalho e de diversão.
Geralmente, os desequilíbrios humanos são “anunciados” no tempo devido e poderiam ser preventivamente vigiados, cuidados e até mesmo curados, se nas famílias, nas escolas, nas comunidades, houvesse pessoas convertidas em cidadãos responsáveis pelo futuro da sociedade, especialmente pelo futuro da infância e da adolescência brasileira.
Dizem – nem sempre é regra geral – que os brasileiros só trocam as fechaduras das portas depois que suas casas são assaltadas, e vão a procura de “soluções-mágicas” para os problemas de sempre. Acontece que uma prevenção de desequilíbrios comportamentais pode ser uma “solução-mágica” desde que as famílias brasileiras tenham consciência de que não são simples moradias, mas lares onde se tornam realidades projetos divinos a favor dos homens, começando pelo principal projeto: ser uma família onde a única lei é a do amor gratuito, generoso, concreto e fiel.
Os desajustes sociais e os desequilíbrios mentais se desenvolvem, geralmente, em pessoas que nasceram e cresceram em lares frios, violentos, desajustados emocionalmente, onde o amor não existia ou só era reclamado e não vivido pessoal e familiarmente.
A Igreja, perita em humanidade, deseja ser mais ouvida e valorizada quando, a serviço de todas as pessoas, independentemente de suas condições sociais, anuncia que a família tem sua fundação no casamento entre um homem e uma mulher, tem seus momentos de equilíbrio e ajuste das relações humanas no amor, no perdão, na reconciliação e... na prevenção a partir da percepção de sinais significativos de desequilíbrios.
Não são suficientes as “soluções-mágicas” procedentes de segmentos políticos e de segurança pública extra-familiares, se “as portas da vida”, que é a família bem constituída e sadia, emocional e socialmente, continuarem sem as medidas políticas, econômicas e educacionais favoráveis e eficazes para um correto desenvolvimento psíquico, ético e social do ser humano, dentro da normalidade do amor dos pais, dos irmãos, dos colegas de escola, numa palavra, dentro do valor insubstituível do amor-respeito pelos diferentes ou pelos que vivem carentes de paz interior.
Será que as tragédias só são capazes de despertar emoções que são instantâneas e com pouca inteligência para resolvê-las?
A Igreja deseja que com prevenções mais racionais e vigilantes se possa despertar os corações humanos para que se criem famílias melhor assistidas, para que se desenvolvam políticas educacionais mais amplas e que incluem valores religiosos e cívicos suficientemente fortes para dar equilíbrio humano às crianças e aos jovens, para que hajam projetos de comunicação social, cada vez mais benéficos à humanidade, especialmente para essas partes do mundo tão queridas por Deus como é a infância e a adolescência.
Dramas humanos recentemente vividos no Rio de Janeiro conduzam à prevenção justa e amorosa e não só a leis repressivas projetadas e depois aprovadas pelo Congresso Nacional!
Dora Porto
Máster em Matrimônio e Família pelo ICF Instituto de Ciências para a Família. Universidade de Navarra Espanha; Representante do Programa Protege tu Corazón no Brasil Colunista da Revista Ser Família. Casada há 38 anos, 3 filhos, 4 netos, há mais de 20 dedica-se a orientacão familiar.
Máster em Matrimônio e Família pelo ICF Instituto de Ciências para a Família. Universidade de Navarra Espanha; Representante do Programa Protege tu Corazón no Brasil Colunista da Revista Ser Família. Casada há 38 anos, 3 filhos, 4 netos, há mais de 20 dedica-se a orientacão familiar.
Texto adaptado por Rilvan Stutz
Igreja Presbiteriana do Brasil
O Blog - " A Serviço do Senhor"Rilvan Stutz " O Servo com Cristo!"
Pensando o Nosso Dia a Dia- P. da Família
Antonio A. Dias Duarte - Dorita Porto
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