Se nos dias da morte de Jesus houvesse a imprensa escrita como hoje, certamente, nos lugares de freqüência pública estariam presentes vendedores de jornais gritando a plenos pulmões: Extra, extra, extra. Crucificaram o inocente. Na opinião dos leitores e expectadores dos anos 33 a 37 dC. Até hoje, a manchete seria recebida com sensacionalismo. Banhada pelo sangue, costumeiramente, estampado nas páginas de nossos jornais. O racionalismo estaria a serviço da incredulidade deturpando, nos outros meios de comunicação, a vera notícia. A TV diria: o crucificado na tarde de hoje pode ser inocente. As páginas da internet, com toda exploração, estariam estampadas: Seria o crucificado, inocente?
A manchete, em epígrafe, é de pura verdade teológica. A primeira páscoa do cristianismo foi marcada pela crucificação do inocente. Sem a crucificação que culminou na morte violenta do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo não haveria páscoa cristã. Continuaríamos todos submetidos ao formalismo da páscoa judaica.
Ela foi introduzida pela obediência de Moisés ao Senhor. Contudo, mesmo sendo uma ordenança da velha aliança era uma metáfora do sacrifício de Jesus, sujeita a todo o simbolismo típico do judaísmo e do Velho Testamento. Foi instituída antes do derrama-mento do juízo de Deus sobre Faraó e todo o Egito, a décima praga - Êxodo Cap. 11. A noite que antecedeu a libertação dos filhos de Israel do Egito foi demarcada pela instituição da páscoa no Velho Testamento em meio a um clima de morte. Morte para todos os primogênitos do Egito, inclusive o de Faraó.
Os filhos de Israel foram poupados, pois lemos: Este mês vos será o principal dos meses: será o primeiro mês do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. ...Assim diz o SENHOR: Cerca da meia noite passarei pelo meio do Egito. E todo primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até ao primogênito da serva que está junto à mó, e todo primogênito dos animais. Ex 12. 2 – 4.
Ainda no âmbito do simbolismo a páscoa do judaísmo já envolvia o caráter da expiação, que é o fato pelo qual a culpa de alguém é transferida para outro, até as últimas conseqüências. Deus sempre trabalhou com a expiação, aspecto substitutivo. No caso da páscoa no Egito, os filhos de Israel não eram tão melhores do que os do Egito. Mas Deus amou a Israel e por isso o libertou do Egito e os seus primogênitos do anjo da morte na décima praga. A morte que seria atribuída aos primogênitos de Israel recaiu, então, sobre o sangue de animais alheios.
Ainda no âmbito do simbolismo a páscoa do judaísmo já envolvia o caráter da expiação, que é o fato pelo qual a culpa de alguém é transferida para outro, até as últimas conseqüências. Deus sempre trabalhou com a expiação, aspecto substitutivo. No caso da páscoa no Egito, os filhos de Israel não eram tão melhores do que os do Egito. Mas Deus amou a Israel e por isso o libertou do Egito e os seus primogênitos do anjo da morte na décima praga. A morte que seria atribuída aos primogênitos de Israel recaiu, então, sobre o sangue de animais alheios.
Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem; naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão. Ex 12. 7-8. Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a páscoa do SENHOR. Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito.
Eu sou o SENHOR. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós, praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações e o celebrareis por estatuto perpétuo. Chamou, pois Moisés todos os anciãos de Israel e lhes disse; Escolhei, e tomai cordeiros segundo as vossas famílias e imolai a Páscoa. Ex. 12. 11-14 e 21. A partir da saída do Egito, Israel celebrou a páscoa do SENHOR, ano após ano.
Chegou o fim da velha aliança, o pacto da lei para entrar em vigor a nova aliança, o pacto da graça. Na nova aliança já não há mais lugar para o simbolismo porque o antítipo cedeu lugar ao tipo. O cordeiro pascal da velha aliança é o anti-tipo de Jesus. O representou na páscoa das gerações sucessivas a Moisés e o povo que saiu do Egito.
Agora há um novo cordeiro pascal. Substitutivo, sem mácula; não para a libertação dos primogênitos israelitas do anjo da morte, mas para a libertação dos primogênitos do SENHOR, os seus eleitos, do império do pecado. Só o sangue de Jesus pode livrar da morte eterna os primogênitos do SENHOR. O maior profeta messiânico, Isaias, viu a crucificação do inocente, cerca de setecentos e cinqüenta anos antes dele nascer. Descreveu o fato assim: Certa-mente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Mas ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Is 53. 4 – 5. Chegado o tempo do cumprimento desta profecia, João, o que batizava, ao receber o seu mais ilustre candidato batismal declara: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Jo 1.29.
O próprio Senhor Jesus, na celebração da última páscoa com seus discípulos, antes da sua crucificação, conforme os relatos do historiador, Lucas, declarou ser o Cordeiro de Deus: E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. Lc 22. 19 – 20.
Como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, celebrando a páscoa, não o fez com o sangue de animais alheios, mas selou a nova aliança com o seu próprio sangue. Em perfeita obediência ao Pai, assumiu a cruz para a satisfação da justiça e do amor divinos. Submeteu-se ao pai em perfeita obediência para anu-lar o castigo a que estávamos sujeitos, a morte eterna. Deu-nos a paz.
O apóstolo Paulo, em suas palavras de sábio encantamento, nos proporciona o testemunho conciso da inocência do crucificado e o benefício que ele nos garantiu na sua morte dolorosa e expiatória: Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. II Co 5.21. E ainda acrescentou o propósito que Deus teve em mente desde toda eternidade na crucificação do inocente: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Rm 5. 8. Diante de tais argumentos não nos resta nenhuma dúvida.
Jesus, o nazareno, crucificado em meio às comemorações da páscoa entre os anos 33 e 37 dC. é mesmo inocente. Ele suportou o castigo a que estávamos destinados. A sua morte foi expiatória, isto é, ele assumiu o lugar que deveríamos tomar na condenação. Foi julgado, condenado e morto em nosso lugar. Nós éramos culpados e o crucificado, inocente.
Aceitemos, em nossos corações, esta realidade. Tenhamos paz perfeita com Deus, pois, estamos livres da morte eterna. Amém!
...Aviva a tua obra, ó Senhor,...Hc 3.2
Aceitemos, em nossos corações, esta realidade. Tenhamos paz perfeita com Deus, pois, estamos livres da morte eterna. Amém!
...Aviva a tua obra, ó Senhor,...Hc 3.2
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