O massacre que resultou na morte de 12 crianças na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, é daqueles episódios que fatalmente levam muitos a questionarem: “se Deus é bom, porque permitiu que isto acontecesse?”. Volta e meia, nos vemos com esta questão, são mortos em tragédias, assassinatos, estupros... Mas, o que estas coisas nos deveriam levar a refletir é sobre os nossos caminhos.
Este é um mundo sem Deus, e, por favor, não confunda Deus com religião. Religião tem como nunca antes na história, talvez um dos problemas seja justamente ter religião demais e convicções de menos. Nos dias atuais, podemos nos arriscar a afirmar que praticamente existe uma religião para cada habitante da terra.
No grande supermercado da fé, cada um escolhe aquilo que lhe agrada e forma sua própria religião. Mescla de catolicismo, protestantismo, espiritismo, nova-era, afro, esoterismo, islamismo, budismo, hinduísmo, seitas orientais... Vão formando os elementos da alquimia religiosa da pós-modernidade.
O próprio assassino, Wellington Menezes de Oliveira, é um caso clássico. Em sua carta há nitidamente a mistura de um linguajar que nos remete ao islamismo radical, somado à esperança da volta de Cristo, referências a Deus. Ele também tinha criado a sua própria religião.
Neste mundo não falta religião. Falta Deus. E é esta falta de Deus que faz um jovem invadir uma escola e trucidar, sem mais explicações, doze crianças e, junto com elas, levar mais um naco de esperança de que um dia haveremos de aprender a viver.
Frente a isto só nos resta um brado: “Marata, vem Senhor Jesus” e, “por favor”, não demore nem um segundo a mais do que o necessário.
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