1- Treinar sempre - Precisamos sempre estar em forma, em dia, preparados e adequados. Tudo na vida deve ser bem preparado para vencermos a mediocridade, a rotina, a superficialidade. Treinar significa dar o melhor de si, cultivar-se sempre, querer crescer. Nunca estamos prontos e acabados, somos eternamente aprendizes.
2- Trabalhar em equipe
- Nós somos tentados ao individualismo, isolamento ou estrelismo. Tudo isso
leva à derrota. O futebol é uma escola da vida em equipe, em unidade, em
interação com os outros. O time, a equipe é como uma família. Todos são
importantes. A vitória de um é sucesso de todos. O time em campo ensina
valorizar o outro, promover o outro, aceitar ajuda do outro, colaborar e
trabalhar juntos para vencer juntos.
3- Obedecer às normas
- Quanto mais um jogador sabe e obedece às normas do jogo tanto mais ele é
eficiente e erra menos. Obedecer às normas não é submissão, jugo, opressão,
servilismo. As normas e leis existem para o bem comum e a obediência às leis
permite a convivência social, a igualdade de todos e o zelo pelo que é público.
Obedecer ao árbitro é proteger o time contra a violência, o egoísmo, o orgulho,
a raiva, a vingança.
4- Saberes ganhar e
saber perder - Assim é a vida. Saber ganhar sem vaidade, orgulho e desprezo dos
outros. O que importa é participar. Sem o adversário, não há vitória. Saber
respeitar o adversário é sinal de maturidade. O adversário não é mau nem
inimigo, mas, alguém importante que nos desafia. Outra lição do futebol é saber
perder. Quão difícil na vida é saber perder. Aceitar a derrota, o fracasso e
treinar de novo para melhorar, eis o caminho da sabedoria. A derrota é
possibilidade de autoavaliação e de superação das limitações. Muitas vezes a
derrota é oportunidade para futura vitória.
5- Ser bom atleta - Um atleta passa por grandes renúncias, sacrifícios, exigências. Precisa de formação física e psicológica, de concentração e autocontrole, espírito de cooperação e domínio de si, superação da derrota, respeito ao rival, espírito de equipe e amizade. Se em nossas Igrejas, escolas, tivessem fiéis e estudantes com espírito de atleta, a missão educadora e evangelizadora seriam bem diferentes.
6- Ser torcedor -
Aprendemos lições do futebol com os bons torcedores. Eles são entusiasmados,
vibrantes, participantes, incentivadores, colaboradores, motivadores. Se
soubéssemos vibrar com a verdade e o bem, a justiça e o amor com a vigor dos
torcedores teriam outra sociedade. Ser torcedores do evangelho, do reino de
Deus, do amor fraterno, é o que mais necessitamos para derrotar a violência, a
droga, o vazio existencial. Demonstra alto grau de humanismo quem torce pelo
sucesso e bem-estar dos outros.
7- Evitar os perigos
- Quando o time vira ídolo enfrentamos
sérios perigos. Deixamos Deus e adoramos o time. A corrupção financeira ronda
os esportes. Tudo vira negócio. A violência toma conta dentro e fora do campo.
Quando um time é endeusado a família é deixada de lado, as finanças não são
controladas, o nervosismo, a hipertensão, as doenças vasculares aparecem. O
torcedor se torna um escravo. Tudo vira circo, festa e alienação.
A idolatria esportiva
enfraquece a consciência política, o interesse social, a responsabilidade por
outros valores inegociáveis. “Filhinhos, fugi dos ídolos”, nos diz o
evangelista João. A idolatria gera fanatismos e escravidões, engana as pessoas,
corrompe a vida. Além disso, afasta de Deus, prejudica a família, aliena a
consciência, escraviza a sociedade.
Somos atletas de Deus
em busca da coroa incorruptível nos céus. A salvação eterna será o gol decisivo
da vitória da graça e da fé. Cantaremos eternamente as glórias de Deus que deu
à Igreja, o treinador Jesus e o Espírito Santo, o técnico da graça e médico de
todas as feridas do jogo evangelizador.
Por Diácono Rilvan
Stutz
Igreja Presbiteriana
de Realengo – Rio
Portal da Família
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