Já de início, o cristianismo se deparou com grandes desafios. A pregação de Jesus ressoou, desde logo, como uma mensagem nova, sobretudo no concernente à noção de Deus e de homem. Frente ao politeísmo pagão, o cristianismo prega um monoteísmo trinitário. Cristo apresentou seu ensinamento não com o caráter de uma nova forma de filosofia a ser aceita somente por seu valor demonstrativo racional, mas como a religião revelada por Deus, a ser aceita pela fé, ou seja, como uma forma de vida. Esta religião tem pouco em comum com as precedentes.
A doutrina de Cristo, que significa um grande enriquecimento do
pensamento humano, não podia deixar de influenciar na
filosofia a partir do momento em que está e o cristianismo entrassem em
confronto.
O cristianismo nasceu no meio do judaísmo e do
helenismo. Compreende-se e apresenta-se a si mesmo como aperfeiçoamento
do judaísmo, pois a revelação
divina, iniciada no tempo dos patriarcas e profetas, conclui-se com a pregação do
evangelho. Os filósofos cristãos,
por sua vez, consideram o helenismo a expressão mais
acabada da cultura antiga.
O contraste se estabelece entre evangelho e
sabedoria pagã. Os pensadores cristãos
entendem o evangelho como sabedoria divina, que se dirige à fé, e o
helenismo como uma sabedoria humana que fala à razão.
O cristianismo não nasce nem se apresenta como uma
filosofia. No tempo de Cristo, os filósofos discutiam o problema de Deus. Mas
eram tão grandes as discrepâncias
de suas opiniões que não
ofereciam uma certeza. Jesus, que se apresenta como o filho de Deus, ensina que
seu reino não é deste
mundo; não expõe
teorias que rivalizem com as dos filósofos, mas promete que quem nele crer terá
a vida eterna.
O cristianismo nasce, pois, como religião. A
filosofia parte do homem, apelando ao seu intelecto, tratando de noções e
problemas puramente naturais; a religião, ao contrário,
sobretudo a religião cristã,
parte de Deus, de sua revelação e dirige-se à carência
espiritual e moral do homem. A filosofia tem o objetivo de proporcionar uma
interpretação racional do mundo, da natureza,
da sociedade, do homem e de sua vida interior. A religião visa
oferecer a salvação ao homem.
O
cristianismo e a filosofia aparecem, pois, em dois planos distintos, sendo o
primeiro uma religião, uma doutrina de salvação,
apoiada na autoridade de Deus e a segunda, produto da razão, com
todas as imperfeições inerentes à própria natureza humana.
Por Rilvan Stutz
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Dc. Rilvan Stutz “O Servo com Cristo”
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