A culinária italiana evoluiu através dos séculos,
ao longo das mais variadas alterações sociais e políticas; suas raízes podem
ser traçadas até o século IV A.C.. Mudanças significantes ocorreram com a
descoberta do Novo Mundo, que ajudaram a moldar muito do que é conhecido como a
culinária italiana hoje em dia, através da introdução de ingredientes como
batatas, tomates, pimentões e milho, todos eles parte central da cozinha
daquele país, e que, no entanto só foram introduzidos em grande escala a partir
do século XVIII.1
Tanto
ingredientes como pratos mudam de região para região do país. Existem diversos
pratos regionais importantes que também assumiram caráter nacional, enquanto
diversos pratos que já foram regionais proliferaram, em diversas variantes, por
todo o país. Queijo e vinho é uma parte
importantíssima da cozinha do país, desempenhando diferentes papéis tanto
regionalmente quanto nacionalmente, com sua inúmera variedade e leis de
regulamentação (Denominazione di origine controllata, DOC). Também o café, mais
especificamente o expresso, assumiu um papel de destaque relevante na cultura
gastronômica da Itália.
História
A culinária italiana evoluiu extensivamente ao
longo dos séculos. Embora a Itália como país, tal qual a conhecemos hoje, não
tenha se formado até o século XVIII, a culinária típica daquele país apresenta
raízes que vão até pelo menos o século IV A.C.. Através de diversas influências
ao longo desta sua história, inclusive das regiões vizinhas, e devido à
mudanças ocorridas depois de conquistas e distúrbios políticos, assim como a
descoberta do Novo Mundo, formou-se uma tradição culinária concreta, que é
reconhecida hoje em dia como uma das mais destacadas do mundo.
Antiguidade
O primeiro crítico gastronômico italiano conhecido
foi um siciliano de etnia grega, chamado Arques trato, que viveu em Sir acusa
no século IV A.C.. Entre seus escritos estava um poema que mencionava o uso de
ingredientes frescos, "da estação e de primeira qualidade", e que os
sabores dos pratos não deveriam ser mascarados por condimentos, ervas ou
quaisquer outros temperos desta natureza, com uma ênfase especial para este
estilo de preparo com os peixes.
Este estilo de culinária parecia ter sido
esquecido durante o século I D.C. quando a obra de coquinaria foi publicada, com 470 receitas,
incluindo muitas com grande uso de especiarias e ervas que seguramente
escondiam muito do sabor natural dos ingredientes usados.
Os romanos
utilizavam-se dos melhores padeiros gregos para produzir os seus pães e
importavam o queijo pecorino da Sicília, cujos habitantes eram tidos como os
melhores mestres-queijeiros. Os romanos também eram conhecidos pela criação de
cabras pela sua carne, e pelo cultivo de alcachofras e alho-poró.
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