Havia um sábio que não poupava esforços para
ensinar bons hábitos a seu povo. Frequentemente fazia coisas que pareciam
estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser
trabalhador e cauteloso. Ele dizia:
"Nada de bom pode vir a uma nação cujo povo
reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da
vida a quem lida com os problemas por conta própria".
Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma
enorme pedra na estrada. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou
para ver o que acontecia.
Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça
carregada de sementes que ele levava para moagem na usina.
Quem já viu tamanho destino? - disse o fazendeiro
contrariado, enquanto desviava sua carroça e contornava a pedra.
Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa
pedra da estrada? E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao
menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois, um jovem soldado, veio cantando pela
estrada. Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra e não viu a
pedra.
Tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento.
Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os
preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada. Ele
também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a
pedra.
Assim correu o dia. Todos que por ali passavam
reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém a
tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro
por lá passou. Era muito trabalhadora, e estava cansada, pois desde cedo andava
ocupada no moinho. Mas disse a si mesma:
Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar
nesta pedra à noite e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho - e tentou
arrastar a pedra dali.
Era muito pesada, mas a moça empurrou, e
empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua
surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu a caixa. Era pesada,
pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres:
"Esta caixa pertence a quem retirar a
pedra."
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de
ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração
feliz. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia
ocorrido, juntaram-se em torno do local na estrada onde a pedra estava.
Revolveram o pó da estrada com os pés, na esperança de encontrar algum pedaço
de ouro.
Então o sábio falou:
Meus amigos, com frequência encontram obstáculos
e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos
deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles
significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
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" O Servo com Cristo "
O Blog - "Serviço do Senhor"
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