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Em 1999, Manoel Castells cunhou o conceito de sociedade informacional, global e em rede para identificar uma nova forma de economia que, segundo ele, surgiu em escala global no último quartel do século XX, após a revolução da tecnologia da informação fornecer a base material indispensável para sua criação. Para o autor, estamos testemunhando um ponto de descontinuidade histórica, pois “a emergência de um novo paradigma tecnológico organizado em torno de novas tecnologias da informação, mais flexíveis e poderosas, possibilita que a própria informação se torne o produto do processo produtivo”.
O autor tenta, segundo suas próprias palavras, estimar a especificidade histórica da nova economia, delinear suas principais características e explorar a estrutura e a dinâmica de um sistema econômico mundial.
Ele inicia como se dá a relação entre produtividade, competitividade e a economia informacional, ressaltando que os caminhos específicos do aumento de produtividade definem a estrutura e a dinâmica de um determinado sistema econômico.
Seleciona e apresenta dados sobre a evolução da produtividade em vários países em diversos períodos, como também informações sobre os EUA, para responder ao questionamento se a produtividade baseada em conhecimento é específica da economia informacional. Outro tema estudado pelo autor é a relação entre e informacionalismo e capitalismo, produtividade e lucratividade.
Para ele, “as empresas estarão motivadas não pela produtividade, e sim pela lucratividade e pelo aumento do valor de suas ações”, acrescentando que uma nova economia global foi criada e moldada a partir da busca da lucratividade pelas empresas e a mobilização das nações a favor da competitividade, introduzindo novos arranjos variáveis na nova equação histórica entre a tecnologia e a produtividade.
O autor ressalta a especificidade histórica do informacionalismo, assegurando que a mesma não é baseada apenas na informação, pois possui também atributos culturais e institucionais.
Analisa a estrutura, dinâmica e gênese da economia global, que também é informacional, a partir de tópicos como mercados financeiros globais, cada dia mais interdependentes, e o crescimento e transformação do comércio internacional, acarretando uma verdadeira globalização dos mercados de bens e serviços.
Outro assunto que Castells traz para o debate é a aparente contradição existente entre globalização e regionalização, com o surgimento dos blocos de comércio, como NAFTA, União Européia e MERCOSUL, afirmando que isso demonstra o papel dos governos e das instituições internacionais no processo de globalização. De acordo com Castells, outro aspecto que mostra a complexidade político-econômica da globalização é a internacionalização da produção, com os grupos empresariais multinacionais e redes internacionais de produção. Ele apresenta dados sobre investimentos estrangeiros e fusões e aquisições internacionais, além de informações sobre sedes de grupos empresariais e filiais estrangeiras em vários países.
Castells assegura também que a produtividade e a competitividade na produção informacional baseiam-se na geração de conhecimentos e no processamento de dados e, a partir daí, discute a produção informacional e globalização seletiva da ciência e da tecnologia.
O autor discorre ainda sobre o surgimento de uma mão-de-obra global especializadíssima, que vem sendo requisitada no mundo inteiro e, portanto, não segue regras normais das leis de imigração, do salário e das condições de trabalho. Por outro lado, ressalta, existem multidões do mundo sem habilidades específicas, que se - tornam imigrantes ilegalmente.
O autor diz que a economia global não é uma economia planetária, pois não abarca todos os processos econômicos do planeta, não abrange todos os territórios.
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