A pregação expositiva da Palavra de Deus, a Bíblia, após a Reforma Protestante do Século XVI, ganhou preeminência principalmente nos cultos públicos das Igrejas Reformadas, ou Calvinistas. O púlpito, (a voz profética), parte preponderante do culto ganhou o seu espaço por atender aos anseios do coração, e não tanto do visual.
Sabemos que a liturgia é um conjunto de práticas ritualistas públicas, cuja finalidade é de se “criar” ambiente favorável à adoração, prática essa largamente explorada por algumas denominações cristãs, até o dia de hoje. .É, no entanto, pela prática denominada CONTRIÇÃO, que o penitente se achega a Deus, recolhendo-se em si mesmo, buscando a reconciliação afetiva através da comunhão com Pai, e isto se faz publicamente ou pessoalmente.
=A CONTRIÇÃO
Não é propriamente um ato litúrgico. Ninguém na verdade se “liturgia” para a oração de confissão de pecados. Sendo assim, devemos admitir a importância da meditação reflexiva para o perfeito culto a Deus e sua aceitação. O Salmo 139 oferece um perfeito exemplo dado pelo salmista ao colocar na parte final, dizeres confessionais: Ó DEUS, EXAMINA-ME... “VÊ SE HÁ EM MIM ALGUM PECADO E GUIA-ME PELO CAMINHO ETERNO” (NTLH).
=Nesta oração, Davi busca efetivamente que Deus não só o capacite enxergar (descobrir) o seu pecado, mas dotá-lo espiritualmente de condições a deitar fora de sua vida o “seu pecado”. Mas, quê “PECADO” misterioso seria esse? Sem a menor dúvida é o “pecado que se agarra firmemente em nós” (Hb 12.1) , isto é, o pecado que domina o nosso coração e dele não conseguimos deixar. Tão sutil é que não notamos a sua presença nefasta. Daí a oração: Ó Deus, examina-me... Vê se há em mim algum PECADO.
=Bem o sabia Davi, o caminho pelo qual o inimigo abre as brechas da comporta da alma pela quebra das pequeninas coisas. Como dizia um eminente pastor desta nossa igreja: “A origem dos grandes males tem a sua origem na quebra das pequeninas coisas”. Imagine-se então se o coração abriga o pecado da impenitência!
= Por último, a CONTRIÇÃO é um “sentimento pungente” que leva o penitente a se desfazer do seu PECADO, incitando a abandoná-lo para sempre! O conduzir-se pelo “caminho eterno” referido pelo salmista, faz com que o Espírito “interceda a Deus com gemidos inexprimível” em favor do confessor, realmente sincero. Doutra forma, com certeza, é um fazer de conta, abominável aos olhos de Deus!
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