Walter Benjamin também fala de uma desumanização na arte. Essa, porém, é causada pela perda da natureza aurática das obras, resultado da quantidade imensa de reproduções existentes na atualidade. Embora hoje em dia tenha-se um contato maior com as obras, por meio de cópias reproduzidas em livros, pôster e na Internet, entre outras fontes, perde-se o contato com a obra de arte propriamente dita.
Em seu texto, a obra de arte na época de suas técnicas de reprodução, Benjamin compara dois momentos distintos da arte, um religioso e o outro autônomo. O primeiro é identificado como aquele que possui o que o autor chama de “valor de culto”. O segundo refere-se ao momento em que a arte adquire “valor de exposição”. Partindo dessa análise, o autor introduz o conceito de aura, que seria a singularidade absoluta de um ser, natural ou artístico, sua condição de ser único, que tem sua autenticidade validada por um hic et nunca, ou aqui e agora que jamais poderi-se-a repetir.
Inicialmente, no momento religioso da arte, citado acima, as obras tinham por objetivo sacralizar e divinizar o mundo, mostrando-o de forma transcendente, ao mesmo tempo em que tornava os deuses próximos dos homens, humanizando-os.
Essa origem religiosa fez com que as obras de arte adquirissem uma qualidade aurática que permaneceu no segundo momento referido, em que deixaram de ter um vínculo com a religião. Assim sendo, o culto aos deuses foi substituído pelo culto ao belo, conservando o caráter aurático da obra de arte.
Entretanto, segundo Benjamin, na sociedade contemporânea, a aura da obra de arte foi destruída pelo desejo de quebrar a transcendência dos objetos artísticos, advinda do fato de serem, esses objetos, únicos e de encontrar-se em locais onde poucos podiam contemplá-los. Por meio da reprodução técnica dos objetos artísticos, essa transcendência é rompida, já que as obras passam a ser produzidas em série.
Entretanto, segundo Benjamin, na sociedade contemporânea, a aura da obra de arte foi destruída pelo desejo de quebrar a transcendência dos objetos artísticos, advinda do fato de serem, esses objetos, únicos e de encontrar-se em locais onde poucos podiam contemplá-los. Por meio da reprodução técnica dos objetos artísticos, essa transcendência é rompida, já que as obras passam a ser produzidas em série.
Em alguns casos, como na fotografia ou no cinema, por exemplo, até mesmo a idéia de original é rompida. De acordo com essa teoria, a destruição já preexiste na essência da obra de arte como algo possível, pois toda obra possui o valor de culto e o de exposição, sendo que este último estimula a reprodutibilidade.
Benjamim encerra seu texto concluindo que na época de Homero, a humanidade oferecia-se em espetáculo aos deuses do Olimpio: agora, ela faz de si mesma o seu próprio espetáculo. Tornou-se suficientemente estranha a si mesma, a fim de conseguir viver a sua própria destruição, como um gozo estético de primeira ordem. O autor defende uma saída através da politização da arte, alcançada pelo comunismo.
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