Resiliência é um conceito da física, utilizado primeiramente pela engenharia que se refere a capacidade de um material sofrer tensão e recuperar seu estado normal, quando suspenso o "estado de risco". No campo das relações humanas, é compreendido como um processo que excede a simples superação de experiências, já que permite ao indivíduo sair fortalecido por elas, superar, o que necessariamente promoveria a saúde mental.
O termo Resiliência, apesar de guardar uma discussão a respeito de sua definição, vem sendo consensualmente utilizado como a capacidade humana para enfrentar, vencer e ser fortalecido ou transformado por experiências de adversidade. Tem sido utilizado em psicologia como a capacidade humana de enfrentar adversidades sucessivas ou acumuladas, com o mínimo de disfuncionalidade para o desenvolvimento, agindo com equilíbrio no pensar e no agir.
A resiliência pode ser pensada como capacidade de adaptação ou faculdade de recuperação. Uma atitude resiliente significa ter uma conduta positiva apesar das adversidades, ou seja, soma-se à resiliência a capacidade de construção positiva, superação, re-significação dos problemas, flexibilidade cognitiva. Este constructo apesar de atual, nas ciências humanas não é apenas um fenômeno individual, pode ser grupal, institucional, comunitária e por que não empresarial e mercadológica.
A resiliência é ativada e desencadeia um processo positivo de construção, através da vivência das pessoas, instituições ou empresas. Fatores como: alcançar resultados positivos em situações de alto risco, manter competência sob ameaças e no caso de empresas, a ataques de concorrentes ou enfrentar situações inesperadas revertendo-as a seu favor, são como se recuperar de traumas. As pesquisas cada vez mais aprofundadas em resiliência mudaram a forma como se percebe o ser humano, saindo de um modelo de risco, baseado nas necessidades e na doença, para um modelo de prevenção e promoção, baseado nas potencialidades e recursos que o ser humano tem em si mesmo e ao seu redor, considerando o indivíduo agente de sua própria ecologia e adaptação social.
Nesta nova concepção, o indivíduo não apenas carece e adoece, mas é capaz de procurar seus próprios recursos e sair fortalecido das adversidades. A resiliência não pode ser confundida com invulnerabilidade. Ser resiliente não é ser invulnerável, não significa dizer que em outras circunstâncias o indivíduo não se abateria, pelo contrário, é ter a capacidade de se reerguer depois de atingido, de adaptar-se positivamente ao que lhe foi imposto, extraindo experiência das situações difíceis, enriquecendo de maneira única a vivência do indivíduo ou da empresa e depois, utilizar esse aprendizado para reverter a situação a seu favor.
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