Centro de Estudos Históricos. BioScience Iraque.
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O Jardim do Éden foi destruído na década de 1990. Os vales úmidos e férteis entre os rios Tigres e Eufrates foram drenados e represados, transformando em deserto cerca de 15 mil km² de região pantanosa. Por volta do ano 2000, restava menos de 10% dessa área, entretanto, uma reinundação que vem ocorrendo desde 2003 está produzindo o que alguns cientistas estão chamando de "milagre do pântano mesopotâmico". Plantas, vida aquática e até mesmo aves raras estão retornando ao seular ancestral.
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O cientista Curtis Richardon, da Universidade Duke, e Najah Hussain da Universidade de Basra, Iraque, fizeram o primeiro levantamento ecológico sobre os pântanos recuperados. Em setembro do ano passado,39% do solo original estava novamente debaixo d'agua, segundo fotos desatélite. As gramíneas, antes naturalmente abundantes, voltaram aesses charcos fragmentados, entre os quais os cientistas escolheram quatro Cientistas para monitorar: Al-Hammar, Abu Zarag, Suq Al-Shuyukh eAl-Hawizeh.
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Foram avaliados diversos marcadores, desde a qualidade da água até a presença de vida selvagem, e os resultados mostram que os pântanos Iraquianos estão realmente recuperando a saúde. A reinundação foi possível por causa do derretimento da neve das montanhas na fronteira com Irã e Turquia. As áreas alagadas apresentam baixos níveis detoxinas, metais pesados e outros contaminadores da lama seca. Avegetação está se expandindo a uma taxa de 800 km² por ano.
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Com ela, peixes, crustáceos e outros organismos aquáticos retornaram modestamente. Setenta e quatro espécies de aves há décadas não sãovistas na região, já reapareceram, entre elas o raríssimo palrador Iraquiano (Turdoides altirostris). A viabilidade do "milagre Iraquiano", porém, está ameaçada pela crescente competição pela água. "O problema tende a se agravar nos períodos de estiagem", afirma Richardson. "A água tem de fluir, tem que lavar continuamente o sistema".
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Os projetos de irrigação na Turquia, Síria e Irã, bem como a demandacrescente das fazendas iraquianas, podem abreviar o fim dos valesférteis que são o berço da civilização. "Minha esperança é que aagricultura recicle pelo menos parte da água". O relatório sobre o ecossistema foi publicado na edição de maio da BioScience.
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Scientific American Brasil - Referência 49.
Centro de Estudos Históricos Fonte: BioScience. Iraque.
Editado Por Diácono Rilvan Stutz
Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro.
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